sábado, 23 de janeiro de 2010

Example

Hoje em dia aquele artista que consegue misturar diversos estilos musicais e fazer com que eles se interajam é praticamente sinônimo de sucesso. E esse é o caso do rapper John Elliot Gleave mais conhecido como “Example”. O músico mistura rap, electro e pop e está com dois singles “Watch The Sun Come Up” e “Won’t Go Quietly” nas paradas européias.

Em 2006, o rapper regravou a música “Smile” de Lily Allen, que virou ”Vile”.

Já o clipe abaixo, mostra a explosão do som lançado em setembro deste ano, “Watch The Sun Come Up” primeira música do rapper a embalar nas pistas de dança da Europa:




Curtiu? O rapper ainda tem outro hit que está bombando. É “Won’t Go Quietly” com um refrão hipnótico e que tem uma pegada muito mais eletrônica, diferente de “Watch The Sun Come Up” que puxa mais para o rap, mas que também faz um excelente uso da eletro music. Para quem já está aguardando, o álbum “Won’t Go Quietly” deve ser lançado no próximo mês. Abaixo segue o clipe com a versão oficial e também o seu melhor remix.






The Temper Trap - Conditions (2009)

Seu pedido é uma ordem !!! rs

Sabemos muito bem que a cada ano surgem aquelas bandas que se tornam a última sensação, apontadas pelos críticos como a salvação do mundo pop, rock ou indie. E muitas não superam sequer o segundo álbum, deixando órfão um grupo de pessoas que acreditaram nesta salvação. Já temos alguns nomes que participam deste iê, iê, iê atual, como os jovens londrinos do The XX que vem lotando seus shows e já são atração confirmada em alguns festivais importantes na Europa para o próximo verão. Outra banda que desponta mas de forma mais discreta é o The Temper Trap, da Austrália. Falamos em discrição porque ao contrário de muitas outras, os críticos e a imprensa especializada não se derreteram diante de seu disco de estréia, Conditions, lançado este ano. Porém a MTV britânica não se cansa de exibir o clipe de um de seus hits "Sweet Disposition", o que provocou um choque de opiniões sobre a popularidade da banda na Europa.

The Temper Trap é liderada pelo vocalista Dougy que, nascido na Indonésia, teve grande influência de música gospel e country por causa de seus familiares. Antes de chegar a Austrália ainda residiu no Havai, o que lhe deu um conhecimento um pouco distinto em outros ritmos musicais. Uma vez em Melbourne a história se repete, um grupo de amigos ainda na adolescencia escrevendo músicas de forma primitiva e tocando como loucos em busca de uma identidade. E foi através desta insistência e influências que o The Temper Trap cresceu e chamou a atenção de Jim Abiss (Arctic Monkeys e Kasabian).








SoundGarden

Uma das bandas que ajudaram a formar o meu "eu", junto com o Nirvava, Alice in Chains, Pearl Jam e Screeming Trees. Nessa época, quando essas bandas apareceram deram um novo gás ao rock (isso é muito particular)...
Após um hiato de 12 anos, o Soundgarden deve retornar à cena em breve. Foi o que anunciou o vocalista Chris Cornell em seu Twitter. A banda norte-americana, que se dissolveu em 1997, também deu pistas em seu site oficial sobre a retomada de suas atividades. A pausa de 13 anos acabou. Mais informações no novo site oficial dos caras.

http://www.soundgardenworld.com/

E para relembrar umas dos meus sons prediletos:



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

The Mars Volta

Uma das bandas mais psicodélicas e incríveis da atualidade, The Mars Volta não é muito conhecida no Brasil. Desde 2001 em atividade, os caras unem elementos de rock progressivo e experimental, em melodias lindas e melancólicas. Entre baladas e porradas, os músicos não economizam em efeitos e barulhos, antes, durante e, principalmente, depois das músicas, deixando no ar aquela famosa microfonia roqueira, só que com mais classe. Não é apenas microfonia, mas experimentação estética. Geralmente, seus clips têm essas partes cortadas, senão, provavelmente, não passariam na MTV.
Eu disse baladas, mas talvez este não seja o termo correto. The Mars Volta tem músicas tão rápidas, frenéticas, com um ritmo enlouquecedor, que as mais suaves soam como baladas. Mas são autênticas, diferentes daquelas que algumas bandas usam com pegada comercial, para tentar alavancar uma aceitação popular que, talvez um dia, lhes dê liberdade para mostrar seu verdadeiro estilo. Não faltam picaretas deste tipo no mercado musical. Para apresentar as duas faces do Mars Volta (a suave e a frenética), escolhi duas das minhas músicas favoritas deles: The Widow, que está no meu Top 5 de melhores músicas da década passada, e a nervosa Inertiatic Esp. Ainda quero ver um show deles ao vivo

De-Loused in the Comatorium (2003)


Frances the Mute (2005)


Amputechture (2006)

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The Bedlam in Goliath (2008)

Parte 1 - download
Parte 2 - download

Octahedron (2009)




domingo, 17 de janeiro de 2010

Son Lux - At War with Walls & Mazes (2008)

Para a NPR, o Top 10 dos grandes artistas desconhecidos do ano de 2008 foi liderado por Son Lux — nome de banda mas, no fundo, mais um caso prodigioso de um one-man-show: Ryan Lott. Com 29 anos de idade, Lott trabalha numa produtora publicitária de Nova Iorque, compondo pequenas bandas sonoras para anúncios de televisão e rádio, mas define-se como "produtor de hip hop". A sua música, simples e intrigante, feita de intimismo romântico e linhas agrestes de trip hop, tocada por uma fúria experimental que integra uma espantosa solidez de estruturas, é um continente que se desbrava num misto de euforia e contemplação. O seu álbum de estreia chama-se At War with Walls & Mazes. Este é o video de Break, dirigido por Finbar Mallon. Ele é meio estranho no começo, mas depois a música toma um rumo muito interessante.




sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Passion Pit - Chunk of Change (2009)

O Passion Pit fez sua estréia em setembro do ano passado, com o EP Chunk of Change (um ótimo modelo quando se procura ouvir bom electropop), e desde então vem despertando a atenção de muita gente, mesmo sem agradar a gregos e troianos. Tanto o nome da banda quanto o título do disco não devem ser muito estranhos pra você. Arriscaria dizer, inclusive, que ambos têm se tornado muito familiares nos últimos meses. Isso porque a banda, que nasceu lá em Massachusetts em 2007, ganhou muita visibilidade da mídia blogueira entre setembro de 2008 e janeiro de 2009, quando apareceu na lista de “Sound of 2009″ da BBC e foi citada como aposta de pessoas que realmente entendem de música.
A partir daí, a difusão tornou-se inevitável. Com quatro caras de nomes incomuns (Hultquist, Adhamy, Apruzzese e Donmoyer) liderados pela voz embriagada de Angelakos (!), o Passion Pit pode não descer bem no primeiro momento, mas a má impressão logo passa – ou, pelo menos, passou pra mim. As maiores encarregadas dessa aprovação abrupta são, claro, as duas últimas faixas do EP, ‘Better Things’ e ‘Sleepyhead’ que, ao mesmo tempo em que soam completamente inéditas e anti-clichês, viram alvos de inúmeros rótulos bem tradicionais.
Bem, os rótulos são inevitáveis. Sempre são. E, neste caso, que atire a primeira pedra quem não tirou Nights Out, do Metronomy, ou o Oracular Spectacular, do MGMT, do fundo da memória pra fazer alguns pares de comparações. Pois ouvir Passion Pit é como experimentar essas bandas no auge de seu experimentalismo, antes de venderem um pouco de sua identidade para suas respectivas gravadoras. Curioso, não?
Mesmo Chunk of Change adiando suas melhores músicas para o final do tracklist, não deixe de gozar de seus momentos iniciais, saboreando bem ‘Smile Upon Me’ e ‘Cuddle Fuddle’. Também vale conferir a versão “Wake Up” de ‘Sleepyhead’, lançada como bonus track com a participação fantasma da francesa Yelle.






quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Adele - 19 (2008)

Adele Laurie Blue Adkins nasceu em Enfield (Londres), no dia 5 de Maio de 1988, e é considerada a mais recente revelação mundial do Jazz & Soul. Estudou na mesma escola de artes que Amy Winehouse e Kate Nash, ficando conhecida pela imprensa britânica como a “nova Amy Winehouse” (assim como Duffy), devido a seus vocais poderosos.
Adele lançou seu primeiro álbum “19″ (a idade da cantora), em janeiro de 2008 pela XL Recordings. No mesmo ano, foi premiada com o Brit Awards. O álbum conta com canções de letras dramáticas, que falam sobre crises pessoais e coisas do cotidiano de forma bastante “sofrida”, claro que na visão de uma garota de 19 anos de idade. Bobagem, quem nunca viveu essa fase!
O álbum “19″ ficou no topo das paradas britânicas e chegou ao 11º lugar na parada norte-americana Billboard, vendendo 1,2 milhão de cópias em todo o mundo. “Chasing Pavements” foi um sucesso global e Adele obteve quatro indicações para o Grammy, incluindo gravação do ano, canção do ano e revelação. Com um currículo desses, você deve correr para as lojas e conferir o CD da garota. Não vai haver arrependimento. Garanto!







domingo, 10 de janeiro de 2010

Raconteurs

A essa altura, o mundo todo já ouviu Broken Boy Soldier, primeiro álbum do Raconteurs, que teve lançamento nos Estados Unidos em maio de 2006, bateu na sétima posição da Billboard após vender 61 mil cópias em uma semana (um feito para uma banda "novata"), e que chegou no Brasil pela Sum Records após circular por programas de troca de MP3 e blogs desde janeiro de 2006.

"O primeiro álbum de uma banda que você sempre gostou". Foi mais ou menos dessa forma que o Foo Fighters foi apresentado ao mundo pouco mais de um ano depois do Nirvana ter acabado. Sob o comando do ex-baterista Dave Grohl, o Foo Fighters era a banda que ainda não tinha nenhum disco, mas que todo mundo amava. A história se repete, mais de dez anos depois, agora com o Raconteurs. Sem nem ter uma música gravada, a banda foi apontada como filhote do Nirvana.
Mais: o semanário britânico New Musical Express ousou cravar: "Vem aí o novo Nirvana. Não só novo, mas melhor que o Nirvana". O interessante é que não havia nenhum membro do trio de Seattle envolvido com o projeto, e sim quatro heróis da classe independente do rock americano: o conhecido Jack White, o semiconhecido Brendan Benson e os desconhecidos Jack Lawrence (baixo) e Patrick Keeler (bateria), da ótima banda Greenhornes. Com dois álbuns e um EP, essa banda de Cincinatti chamou a atenção de Brendan Benson, que produziu algumas canções do grupo, e que estão na coletânea Sewed Soles, estréia do Greenhornes no selo V2, casa do White Stripes e do Raconteurs.
Bem, se nenhum membro da banda tem alguma ligação com o Nirvana, de onde saiu a comparação? Provavelmente de algum rascunho da canção Steady, As She Goes, primeiro single do Raconteurs, que foi lançado no começo de 2006 apenas em vinil. Steady, As She Goes é a canção mais Nirvana que surgiu nos últimos anos, amparada no bate-assopra tão característico das composições de Kurt Cobain. A comparação é inevitável, mas não dá a mínima idéia do que representa Broken Boy Soldier, primeiro álbum do Raconteurs. Broken Boy Soldier é, na verdade, o mais perto que o guitar hero Jack White vai chegar de Led Zeppelin.
Após cinco álbuns lançados com a marca White Stripes (dois deles com mais de 1 milhão de cópias vendidas), Jack decidiu dar uma folga para a irmã Meg resolvendo expurgar todos os demônios da paixão que sente pela banda de Robert Plant e Jimmy Page. Segundo Jack White, o Raconteurs não é só um projeto, mas sim uma banda séria mesmo, dessas que vai lançar discos todos os anos, fazer turnê e tal. Não, o White Stripes não acabou. Jack quer seguir de agora em diante com as duas bandas. Como ele vai conciliar as agendas é algo a se perguntar.
Porém, se o White Stripes pode ser encarado com a antítese do rock metalizado idealizado pelo Led Zeppelin (uma banda sem baixista e com uma baterista que "não sabe" tocar bateria), indo na via contrária dos mestres ao fazer algo meio punk, meio garageiro, cuja sujeira/tosqueira reina em meio a solos de blues, rock e vocais esganiçados, o Raconteurs pega carona no zepelim de chumbo, com um dedinho de diferença: Brendan Benson.
Benson é músico e compositor. Tinha, até então, uma carreira solo com três álbuns de respeito, sendo que o mais recente, The Alternative To Love (2005), ganhou edição nacional e é uma beleza inspirada em Badfinger, Big Star, Gram Parsons e no Paul McCartney em início de carreira solo. Tanto Jack White quanto Brendan Benson são de Detroit, e não demorou para que a amizade se transformasse em colaboração. O projeto, que tinha tudo para ser uma brincadeira, acabou tomando forma de superbanda. Benson recrutou Jack Lawrence e Patrick Keeler (ele havia produzido um dos álbuns do Greenhornes) e o grupo começou a ensaiar um repertório para uma nova banda: Raconteurs, palavra francesa que quer dizer algo como contador de histórias.
Se Jack White sempre foi apaixonado pelo Led Zeppelin e Brendan Benson é um moleque do começo dos anos setenta vivendo em 2006, daria para dizer, canhestramente, que o nascimento do Raconteurs seria algo como se o Led Zeppelin chamasse Paul McCartney para uma parceria em plenos anos 70. Parece exagerado, mas transposto para 2006, o resultado desse encontro pode ser ouvido em Broken Boy Soldier, um disco inspirado que têm tudo para colocar o rock na ordem do dia das paradas e rádios norte-americanas, cravar ao menos três singles, e fazer do White Stripes a banda reserva de Jack White.
Do começo, como a nirvanesca Steady, As She Goes, passando pela zeppeliniana faixa título, pela belíssima balada setentista Together até o poderoso blues Blue Vein, que fecha o disco, com riff de guitarra acompanhando a melodia vocal, Broken Boy Soldier é o mais próximo que o rock'n'roll chegou do Led Zeppelin desde que Page e Plant deram um fim ao grupo.
Porém, para todos aqueles que viveram os anos setenta, o Zeppelin renascido nos riffs de Jack White é uma banda afetada pelo teor pop de Brendan Benson, sendo que ambos sofreram influências do punk (os dois cresceram na cidade de uma bandas proto-punks mais importantes de todos os tempos: o MC5) e do grunge. Broken Boy Soldier é, mais do que qualquer coisa, um álbum que marca o encontro do Led Zeppelin com o Nirvana. É algo novo, mas velho também, entende?


Consoler Of The Lonely (2008)


Broken Boy Soldiers (2006)




sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

The Good, The Bad e The Queen - The Good, The Bad e The Queen (2007)

Como eu prometi, seria a minha primeira postagem, porque sei que você gostou. Apesar de parecer um nome desconhecido, quem esteve ligado no rock durante pelo menos os últimos 10 anos já ouviu falar de Damon Albarn ou pelo menos uma de suas bandas.

Ele travou uma disputa criativa (e pela preferência do público) de quase uma década com o Oasis enquanto estava à frente de sua banda: o Blur. O resultado foi que o Oasis estourou mundialmente para se mostrar a cópia de Beatles que sempre foi, já o Blur – com um som mais “original”. Não pegou muito (a não ser pelo seu maior hit no Brasil – Song 2.
Depois ele abandonou o Blur para um projeto paralelo que se tornou definitivo. Ele assumiu os vocais da banda/desenho animado Gorillaz. Esse sim com grande triunfo comercial.
Agora Damon está de volta, com o elogiado “The Good, The Bad and The Queen”.
Ele se juntou ao baixista Paul Simonon (ex-Clash, o baterista Tony Allen (Fela Kuti), o guitarrista Simon Tong (ex-Verve e ex-Gorillaz) e do produtor Danger Mouse (Gnarls Barkley), para gravar um excelente album, que não sofre influência de nenhuma de suas bandas anteriores.
É um disco ambientado na cidade de Londres. A primeira faixa, “History Song“, merece uma atenção especial.
“The Good, The Bad and The Queen” é um disco recomendado a quem não procura nada parecido com Blur e Gorillaz, mas deseja se jogar em um universo mais denso e maduro.




download




Aos poucos, vou tirando os links rapidshare, pois estão um saco para fazer download.




segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Otto - Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos (2009) e toda discografia

Desde que saiu do Mundo Livre S/A, Otto passeou entre elogios e críticas negativas a sua proposta musical na mesma proporção. Sempre achei interessante o seu trabalho, apesar de considerar que em alguns momentos há certos deslizes, mas nada que comprometa muito. Sem lançar nenhum disco de inéditas desde “Sem Gravidade” de 2003, que já mostrava diferenças em relação aos álbuns anteriores, o pernambucano volta à tona.
“Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos” é o seu quarto disco de inéditas e sexto no total. Lançado somente no exterior por enquanto, vem angariando boas resenhas de jornais como o Boston Globe e o New York Times. O nome do disco extraído da primeira frase do clássico de Franz Kafka, “A Metamorfose”, representa muito do que se ouve nos 40 minutos, pois vemos uma transformação da sua música, ainda que esta seja sutil e não tão drástica como a imaginada por Kafka.
Com um certo desgosto por gravadoras, Otto resolveu construir o seu novo disco todo baseado na amizade. A banda é composta por Fernando Catatau do Cidadão Instigado na guitarra, além de Dengue e Pupillo da Nação Zumbi respectivamente no baixo e bateria. Pupillo também ajudou na produção e a gravação foi feita no estúdio Totem de propriedade de Fernando Catatau e Kalil Aiala. A capa ficou por conta do artista pernambucano Tunga.
Nas 10 faixas temos a participação especial de Céu, Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) e da mexicana vencedora do Grammy, Julieta Venegas. “Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos” é um disco mais orgânico, com maior influência do rock e da mpb, mais melódico, mas sem deixar de lado a eletrônica e a mistura de ritmos que Otto sempre promoveu. Sem dúvida é o trabalho mais acessível da discografia do artista até aqui.
Todas as faixas descem redondas, sendo que a parceria com Céu em “O Leite”, a visceral “Crua”, a poderosa “6 Minutos” com uma interpretação forte de Otto e de Fernando Catatau na guitarra, além da releitura de “Naquela Mesa” do repertório de Nelson Gonçalves, merecem um maior destaque. No seu novo disco, Otto acerta em cheio e com simplicidade e na base da amizade cria o seu melhor registro até agora. Ótimo disco.

Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos (2009)


E resolvi colocar os outros também.

Gravidade (2003)


Condom Black (2001)




Samba pra Burro (1999)


Faltam apenas o changez Tout (2001) e


Feist

Leslie Feist é uma cantora e compositora canadense que ganhou popularidade mundial depois de ter a canção “Mushaboom”, do segundo álbum, “Let it Die” (de 2004), usada numa publicidade de perfume da Lacoste. A Feist que se espraia pelos 50 minutos de “The Reminder” (Universal) – o terceiro álbum, que sai agora no Brasil –, tem diversas facetas. Todas muito interessantes. Começa que a mulher tem uma voz linda que se sobressai em baladas etéreas; é delicada e emocional, mas não cai na pieguice; e também ganha consistência em outros temas de andamento mais rápido. As canções, quase todas de autoria dela mesma, sozinha ou com parceiros, são uma mais bonita do que a outra. Além de cantar e compor, ela se acompanha tocando guitarras elétrica e acústica, piano e banjo.
A voz de Feist chegou, inicialmente, ao público brasileiro dentro do álbum “Riot on an Empty Street”, de 2004, da dupla norueguesa Kings of Convenience. O timbre suave da cantora deixou impressões de relevo nas canções “Know How e The Build up”. Impossível não notá-la e, conseqüentemente, sentir-se atraído por ela. Depois veio “Mushaboom”, que só foi lançada no Brasil em coletânea mista. O primeiro, “Monarch” (“Lay Your Jewelled Head Down”) (1999) só saiu no Canadá e está fora de catálogo.
“The Reminder” é tão bom quanto (ou até melhor do que) “Let it Die”. Na busca por referências imediatas, há quem a relacione à inglesa Dido, pela maciez do canto e pelas baladas melancólicas de baixa intensidade. As duas fazem pop confessional e sensual, mas Feist, como as inspiradoras conterrâneas K.D.Lang e Jolie Holland e a americana Norah Jones, junta à receita algumas filigranas de jazzy folk e country.
Não quer dizer que Feist tem as colegas como modelo, mas guardadas certas peculiaridades, alguns temas de uma não destoam das demais. Além disso, elas têm em comum o fato de representarem uma prolífica geração de cantoras compositoras talentosas no universo do pop acessível e doce, que esconde garras afiadas.
Canções de “The Reminder”, como “So Sorry”, que abre o CD, “The Water” e “The Limit to Your Love” são as que mais se assemelham ao estilo de Dido. Noutras, ela tem algo de “Chan Marshall” (Cat Power). Balada country suingada, com banjo, piano e metais, “1234” é uma das faixas mais saborosas. Dentre as dançantes, valem destaque o contagiante rock acústico “Past in Present” e “Sealion”, adaptação de “See Line Woman” (Nina Simone) com acento roqueiro. O nome da música original está grafado errado nos créditos, mas o CD é tão bom que não é um detalhe desse que comprometerá a cantora.

Open Season (2006)



Feist - Let It Die (2004)



The Reminder (2007)



Feist - Monarch (1999)







Seguinte, tomei mais um esporro da DMCA. Quem quiser os links, me deixa um recado ou comentário, que eu passo por email. Até mais.

Moby - Go: The Very Best of Moby

A busca das grandes gravadoras pelo novo “estilo” do final dos anos noventa e que seria a onda para o início do milênio – o DJ Moby se encaixa bem nessa história. Ele é a ligação – o Elo – entre os anos 90 e o que rola com as bandas de hoje, misturando tantos elementos eletrônicos em estruturas roqueiras. O novaiorquino começou em 1991 e no ano seguinte já lançou o primeiro disco solenemente chamado de “Moby” e que já previa a direção dos discos seguintes. Criado no electro da década de 80 e adepto ao rock and roll, Moby juntou os elementos aceitáveis do eletrônico e do rock e já foi ganhando as rádios pelo país. O tecladista, cantor, guitarrista, baixista e produtor já lançou 12 discos oficiais e uma série de produções com pseudônimos, tudo através de uma gravadora pequena.
O novo trabalho de Moby chega às lojas pouco mais de um ano depois de Hotel, último trabalho do músico americano. E aquele foi um disco que, apesar de alguns momentos razoáveis aqui e ali, podia ser chamado sem medo de pior trabalho do produtor. Comparado com os sucessos Play ou 18, então…

Nada melhor que uma coletânea, portanto, para relembrar o público o quanto Moby costumava ser legal. A maior parte do CD, é claro, é dedicada a músicas de Play (”Natural Blues”, “Why Does My Heart Feel So Bad”, “Honey”) e 18 (”We’re All Made of Stars”, “In This World”, “In My Heart”), seus dois discos de maior vendagem.







Jolie Holland


Quem acompanha o blog, percebeu que mudou o endereço. O antigo foi apagado, mas é sempre bom ter uma backup.....A menina já nasceu prendada, algures na década de 70, em Huston, Texas, e consta que aos 6 anos escreveu sua primeira canção. Experimentou o piano, o violino e a viola e parece que gostou dos três.
Em 1994 desiste da Faculdade e faz-se à estrada. Gravou um disco em 2004, com título em Português – ‘Escondida‘ (editado pela ANTI, a label de nomes como Tom Waits, Nick Cave & The Bad Seeds, Eddie Izzard ou The Black Keys) – e música em inglês.
A música de Jolie Holland é uma qualquer espécie de Folk-Swing que mistura uma voz Chan Marshall (Cat Power, que tem um extraordinário novo disco – “The Gratest“) com um beat Madeleine Peyroux (estas comparações são invariavelmente ridiculas e redutoras, mas enfim…).
Para que não restem dúvidas, experimentem ouvir “Old Fashion Morphine” ou “Black Stars“.

Catalpa (2003)


 

Escondida (2004)