sexta-feira, 13 de maio de 2011

Adele - 21 (2011)

A cantora britânica, dona de uma voz poderosa, carismática e deliciosa de ouvir, alcançou, há alguns dias, um feito que só os Beatles haviam atingido, em 1964: colocou duas músicas ("Someone Like You" e "Rolling The Deep") e seus dois álbuns nas paradas britânicas, entre os Top Five (Singles e álbuns).


"21" abre com "Rolling The Deep", um soul pop poderoso no qual Adele lamenta um amor perdido: "Poderíamos ter tido tudo", diz a letra. Sim, Adele fala, novamente, sobre o amor de um jeito doloroso e catártico e a canção dá o tom de todo o repertório.

Tanto o amor e suas desilusões inspiram a britânica que Adele chegou a declarar, em entrevistas, que quando está feliz não se sente capaz de compor. Sua interpretação também é carregada de emoção, o que faz dela, talvez possamos dizer, uma mistura de Elza Soares - pela dor que se sente em sua interpretação - e Maysa - pela temática de fossa. Só que sua música é mais pop, mais R&B, mais soul.

"21", cujo título faz referência à idade da cantora, segue com a dançante "Rumour Has It", uma canção que é pura dor-de-cotovelo, cheia de ironia. Chamam a atenção as tristes "Turning Tables", "Take It All" e "Don't You Remember". Já "Set Fire to the Rain" transparece raiva - sem esquecer que possui belíssimos arranjos.

Além da voz de Adele, o repertório coloca em evidência os teclados. Em "Someone Like You" e "Take It All" eles são especialmente encantadores. Mas é difícil citar destaques, já que o álbum tem uma unidade que agrega as faixas dentro de um contexto. Até a versão para "Lovesong", do The Cure, se encaixa perfeitamente no repertório. O disco saiu com algumas faixas bônus nos diferentes países em que foi lançado. Uma dessas faixas é "I Found a Boy", uma canção que indica que talvez Adele não esteja tão só e abandonada.









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