terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix (2009)

Todo mundo fala de Phoenix. Todo mundo adora o Phoenix. E não é para menos. A banda francesa é uma das coisas mais legais na música de hoje e encanta com um som contagiante e fofo. Mas é bom grifar que é fofo e otimista só na melodia, pois as letras falam de solidão, amores sem volta e falta de esperança.

A combinação infalível de boas composições, produção cuidadosa e um ritmo incrível é o que faz o Phoenix uma das bandas mais desejáveis do momento. O baixista Laurent Brancowitz dá a receita: "Pegamos a sonoridade sexy e cool que ouvíamos nos álbuns americanos e adicionamos doses contemporâneas de hip hop e house". E daí surgiu o delicioso ritmo Phoenix, com uma batida que levanta qualquer astral. É indie-rock, pop, eletrônico, folk, black.

A banda existe desde 97 e em 2000 lançou o álbum "United", uma estréia descoladérrima, que encheu de frescor o cenário musical. O disco já nasceu cheio de hype: um amigo famoso, o diretor Roman Coppola, assina as fotos de divulgação; Sofia Coppola coloca a música "Too Young" na trilha de "Lost in Translation"; Erlend Oye seleciona "If I Ever Feel Better" (uma das mais incríveis) para sua compilação DJ Kicks.

"Alphabetical" tinha a missão de suprir a ansiedade do público louco por mais novidade. A banda se trancou no estúdio e decidiu fazer um trabalho "mais pessoal e mais completo", segundo o site oficial. O ritmo gostoso continua nas faixas "Everything is Everything" (lembra a atmosfera de "If I Ever..." e "Too Young") e em "The Diary of Alphabetical", com levada folk, tipo um country moderno, com vocal e violão.

O estilista Hedi Slimane assina a capa do single em vinil para "Everything is Everything", do segundo álbum, "Alphabetical", lançado este ano, que projeta definitivamente a banda no mundo.

"Nossas letras são honestas e as emoções verdadeiras. Tentamos nos livrar de qualquer coisa artificial e mostrar uma performance totalmente sincera. Ao mesmo tempo, o trabalho permanece sofisticado e acima de tudo, único e com caráter de celebração". Entendeu o espírito do Phoenix?

A banda é formada por Thomas Mars (vocal), Christian Mazzalai (guitarra), Laurent Brancowitz (baixo e teclado) e Deck d’Arcy (baixo). Os meninos são amigos de longa data e tocavam na garagem da casa de Thomas no subúrbio de Paris. No início, lançavam músicas por seu próprio selo, o Ghettoblaster, e logo chamaram a atenção do selo francês Source Records. No começo, abriram para Dido, Air e Lenny Krawitz e agora são a banda de abertura dos shows do descolado duo Kings of Convenience.


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Broken Social Scene - Love Tell Us Apart (2007)

Broken Social Scene gravou uma inusitada versão de “Love Tell Us Apart”, clássico maior do Joy Division, para a trilha sonora do filme The Time Traveler’s Wife. Clique aqui e ouça.

pegue para seu ipod aqui.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Manic Street Preachers - Postcards from a Young Man (2010)

Depois do contundente e espetacular Journal For Plague Lovers (2009), os galeses do Manic Street Preachers reaparecem com mais uma compilação de inéditas. Postcards From a Young Man, décimo álbum de sua respeitável carreira, trás menos peso nas guitarras, porém ainda conserva a aspereza lírica e a genialidade musical dos discos anteriores.

Aqui as guitarras cheias de distorção, o vocal esganiçado e o rock cru, nervoso, perdem espaço para arranjos orquestrais e baladas melodramáticas -- uma das especialidades de James Dean Bradfield. Este som recheado de cítaras, cordas, pianos e bandolins pode parecer pomposo demais para ouvidos mais rockeiros, mas não deve ser encarado como um retorno ao britpop. Parece mais uma busca da banda em atingir seu ponto de equilíbrio, reunindo os melhores elementos destes quase 20 anos de estrada.



Postcards From a Young Man tem o que se espera dos Manics: solos arrebatadores, as batidas frenéticas de Sean Moore e Bradfield gritando as frases mais absurdas -- mas tudo isso entremeado por arranjos elaborados e melodias mais suaves. Essa mistura de texturas permite que a banda trafegue tranqüilamente pelo britpop, hard rock e o art-punk sem medo de perder sua identidade musical. O resultado é um som único e por demais agradável.





quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

N*E*R*D - Fly or Die (2004)


Para quem não sabe, o N.E.R.D. é formado pela mesma dupla de produtores que trabalha sob o nome de The Neptunes. Atuando nesse ramo, já criaram ‘hits’ para gente como Justin Timberlake, Britney Spears, Snoop Dogg e Usher, só para citar alguns. Ou seja, eles têm grande parcela de responsabilidade em relação à cena Pop que domina o mundo todo atualmente.Mas, com tanto trabalho e pressão de criar sucessos para essas estrelas, eles sentem a necessidade de se divertir também. É essa a impressão que dá ao ouvirmos a própria banda dos rapazes, o N.E.R.D. Já em seu segundo álbum, Pharrel Williams e Chad Hugo se juntam a Rob “Shay” Walker e criam composições um tanto quanto despretensiosas, divertidas e bastante curiosas.“Fly Or Die”, como foi batizado o trabalho, traz uma mistura de Funk, R&B, Black Music, Rock e Hip Hop, tudo com muita influência dos anos 70. A grande sacada é que, ao contrário da esmagadora maioria dos artistas que compram suas músicas, eles usam instrumentos de verdade, inclusive a bateria, o que dá um ritmo bastante próprio nas composições.As vozes, como não poderia deixar de ser, são bastante caprichadas, com diversos ‘backing vocals’ e arranjos. Outro ponto interessante são os teclados, que sempre surgem com efeitos e timbres bem peculiares, criando um clima único. Destaques para “Don’r Worry About It”, “She Wants To Move”, o primeiro ‘single’, “Wonderful Place”, “The Way She Dances” e, claro, para a própria faixa-título.


dê uma olhada em comments

domingo, 28 de novembro de 2010

Polvo - Today's Active Lyfestyles (1993)

Essa banda americana formada em Chapel Hill, na Carolina do Norte (um dos grandes centros do indie rock dos anos 90) já está há um bom tempo na estrada, compartilhando qualidade e grandes histórias com outras bandas do math rock e do velho e genuino indie. O math rock do Polvo consiste em solidificar trechos com precisões algébricas e unificar toda essa racionalidade com a explosão à imprevisíveis rastros de acordes mais soltos e despretensiosos oriundos do indie dos anos 90.

Em 1990 a banda se formou sob a sombra do noise do Sonic Youth, grande influência do grupo, que se alimentava das dissonantes e ao mesmo tempo harmonicas canções da banda nova-iorquina. Cor-Crane Secret, seu primeiro álbum foi lançado em 1992 e não teve uma grande recepção pela crítica, embora tenha recebido resenhas favoráveis. A mesma crítica que decidiu esperar por outro álbum, afinal, a banda exibia potencial incrível e um faro para o experimentalismo tão emergente na época.

E foi em 1993 que a banda lançou seu grande êxito, a máxima expressão de sua arte: Today's Active Lyfestyles. A banda soube dosar bem o tempo das faixas, evitando que as experiências caíssem na cilada do cansaço da repetição. 'Thermal Treasure' abre o disco com a força suficiente para causar uma ótima impressão. Rápida evolução evidente, percepção musical invejável e consciência harmonica de jovens que sempre ouviram o rock progressivo, dos mais variados. E com toda essa bagagem, a mistura que já era bem aceita no meio do rock underground foi mais uma vez executada, agora por uns moleques que compunham o Polvo. Os vocais embora bem menos presentes, adornam com sujeira a sonoridade complexa do álbum. 'Tilebreaker' é a confusão transportada para ondas sonoras. Confusão num ótimo sentido, pois há uma linha estável dentro da faixa, mas há uma série de mirabolantes recursos, ruídos, distorções e cordas aparentando estourar, que a mente do ouvinte entra num frenesi extremamente arrepiante. 'Time Isn't in my Side' é a imagem, é a tradução do que podemos chamar de "tô pouco me fodendo, no final sempre sai bom". E no meio de flechadas de dissonância, não é que o som sai perfeito? E não precisa analisar profundamente os arranjos é só fechar os olhos e viajar nos ruídos de Atari, e nas cordas desobedientes e virtuosas.

Muitas bandas similares se desdobram para fazer algo mais complexo, com mais variações intrumentais, incrementos nos detalhes de produção e o cacete a quatro. O Polvo nos passa a sensação de que o som foi feito com os pés nas costas, de olhos fechados, embora o álbum conte com o dedo de Bob Weston, engenheiro de som e baixista do Shellac, o que garante que a qualidade exista, mas que a naturalidade esteja acima de tudo.




sábado, 27 de novembro de 2010

Cloud Cult - Light Chasers (2010)

Uma aventura pelas entranhas do espaço. Uma jornada ao âmago da alma. Este é o cartão de visitas de Light Chasers, o mais novo long-play da banda estadunidense Cloud Cult. E desta vez eles conseguiram um feito no mínimo notável, que foi criar um álbum à altura dos dois sensacionais registros anteriores: The Meaning of 8 (2007) e Feel Good Ghosts (2008).

Light Chasers é o primeiro álbum conceitual do grupo, e foi concebido após dois anos de hiato devido ao nascimento do segundo filho de Craig Minowa, o mentor e fundador da banda (seu primeiro filho morreu em 2002, com apenas 2 anos de idade). Este período de silêncio, paz e corujice paterna de certa forma contribuiu para a criação do álbum mais leve, melódico e positivista de toda a carreira da banda.

Além de belos arranjos de violino, cello e metais, da atuação inspirada da base, das melodias suaves, fascinantes, dos vocais cuidadosamente trabalhados e do uso consistente de recursos eletrônicos, Light Chasers é recheado de poesias inspiradoras e reflexões.
Como dito no início, o disco narra uma viagem espacial e usa o tema como uma metáfora para a auto-descoberta. É uma aventura que se inicia nos versos reflexivos de Unexplainable Stories e atinge seu ápice nas linhas gloriosas de There's So Much Energy In Us.

Cada canção revela uma faceta da personalidade marcante de Minowa: o instinto paterno imbuido em You Were Born; a psicodelia caótica de Room Full of People In Your Head; o otimismo e auto-confiança de Forces of The Unseen. Enfim, são canções de grande riqueza lírica e força melódica. Light Chasers é uma verdadeira ópera-rock do século 21. Sem sombra de dúvida, um dos melhores álbuns do ano!




quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Stone Temple Pilots - Thank You (2005)

C, em dezembro vai ter show dos caras. (dia 20/11 terá smashing pumpkins). Você conhece a estória da banda?
Scott Weiland e Robert DeLeo, vocalista e baixista respectivamente, se conheceram num show do Black Flag, em 1987 e pouco tempo depois já estariam tocando juntos. Não muito após a formação do conjunto, o baterista Eric Kretz e o guitarrista e irmão mais velho de Robert, Dean, se juntam a banda, que se chamava Mighty Joe Young. Gravaram uma demo usando esse nome em 1990. Pouco antes do lançamento de seu debut, um bluesman homônimo e octagenário contata os agentes da banda, reclamando, com todo o direito, seu nome. A alcunha de Stone Temple Pilots foi feita pra se encaixar na sigla da companhia de óleos de motor STP, e venceu outros nomes como Stinky Toilet’s Papers e Shirley Temple’s Pussy… Bom, o primeiro álbum estava pronto e foi lançado no dia 29 de setembro de 1992. É incrível, mas Core e Dirt, obra prima do Alice in Chains, foram lançados no mesmo dia.
Não tardou pra que a banda fosse chamada de oportunista por todo mundo. Core foi considerado um assalto à mão armada às bandas de Seattle. Comparações com o Pearl Jam e Alice in Chains acompanharam a banda durante todo seu período inicial. Kim Thayil dava entrevistas dizendo o quanto ele achava engraçado os Pilots copiarem desesperadamente o Soundgarden e asseclas. Críticos tacharam o disco como um híbrido barato do instrumental do Alice in Chains com a voz do Pearl Jam, e o megahit “Plush” corroborou com o discurso dos detratores. Ainda assim, Core é um dos melhores discos daquela época, e tudo caminha para que o disco seja um dos grandes do Rock. Havia consistência na banda e a performance dos músicos, que beberam da fonte de Led Zeppelin e Aerosmith é, na maioria das vezes, muito superior a das outras bandas dessa época. Isso atiçou sentimentos diferentes entre público e crítica e explicitou o abismo entre os “formadores” de opinião e o mercado consumidor de música. No início de 1994, na votação de melhores do ano da revista Rolling Stone, a banda foi simultaneamente escolhida como “Pior Banda Nova” para os críticos e “Melhor Banda Nova” para o público. Ganharam um Grammy por Plush em março desse mesmo ano, também. E Scott Weiland se transformou no maior junkie da década.




segunda-feira, 15 de novembro de 2010

The Lemonheads - The Atlantic Years: The Best Of The Lemonheads (1998)

C, Banda de rock alternativo surgida em 1986. A banda lançou seu primeiro EP, financiado por eles mesmo, logo então, Evan Dando (vocalista/guitarrista) Já corria atrás de uma gravadora. Logo lançaram 3 álbuns, os dois primeiros eram bem
punks, mas em Lick já se notava músicas mais calmas e bem trabalhadas. Em 1990, a banda lançou mais um álbum, o Lovey que até então era o melhor da banda. Em 1992, já com outra formação, eles lançaram It’s A Shame About Ray, com músicas simples, mas ao mesmo tempo bem bonitas, e em algumas faixas nota-se a participação de Juliana Hatfield fazendo backing vocal. Com It’s A Shame about Ray a banda finalmente teve reconhecimento merecido, e o álbum é considerado até hoje um dos melhores da banda.

Já em 1993 a banda lançou o Come On feel The lemonheads que também teve bom resultado, naquela época Evan Dando estava tendo problemas com drogas o que fez a banda parar de tocar por uns tempos, mas em 1996 lançaram o álbum Car Button Cloth. Depois de um mais uma parada com a banda, Evan Dando partiu para carreira solo e resolveu lançar um disco, chamado “Baby I’m Bored”, que aparentemente foi bem recebido pelos fãs, e partiu para vários shows.
Em 2006 Evan Dando reformulou o Lemonheads com novos integrantes e lançou mais um álbum, até então o ultimo de inéditas da banda…já que ano passado a banda lançou um álbum só com covers, Varshons, esse álbum animou os fãs, ainda que torcendo por um álbum de inéditas, pois mostrou que Lemonheads ainda estar na ativa.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Antes do Pôr-do-Sol (Before Sunset) - Soundtrack (2004)

C, sei que você não assistiu ao filme. Mas...9 anos depois de “Antes do Amanhecer”, Richard Linklater juntou-se novamente a Julie Delpy e Ethan Hawke para filmar “Antes do Pôr-do-sol”. A história também se passa exatamente nove anos depois da primeira. Sendo sucinto: no primeiro filme, as personagens de Julie e Ethan (Jesse e Celine) se encontram num trem, se apaixonam, vivem uma noite linda juntos e, antes do amanhecer, têm que se despedir. Combinam de se encontrar 6 meses depois, caso o sentimento deles seja realmente verdadeiro. O segundo filme começa com os dois se encontrando por acaso 9 anos depois, em Paris, o que dá a entender que o tal encontro não aconteceu.
Na continuação, o diretor e roteirista chamou Ethan Hawke e Julie Delpy para fazerem o roteiro junto com ele. Assim, as falas foram refeitas pelos próprios atores, que alteravam as palavras de forma que parecessem ficar mais naturais em suas próprias bocas – e isso realmente acontece. O filme se passa praticamente em tempo real: eles têm 1h30 para ficarem juntos antes do vôo de Jesse de volta para os Estados Unidos, e o que vemos na tela são 90 minutos de conversas entre os dois.
Logo que se veem, fica clara a falta de intimidade que o tempo impôs aos dois. As conversas são banais, pouco profundas. O casal parece estar se conhecendo novamente, do zero. Aos poucos, e de forma sutil, quase imperceptível, a intimidade entre os dois cresce. A ponto deles perceberem, temendo revelar ao outro e a si mesmos, que os nove anos que passaram sem se ver foram 9 anos perdidos em suas vidas. Que viveram o que era colocado em seus caminhos e não o que eles próprios colocavam em seus próprios caminhos.
Mas Jesse e Celine tentam resistir ao irresistível. Ambos têm seus compromissos amorosos, Jesse tem uma família e a vida que os americanos convencionaram chamar de ideal.
A cena banal inesquecível, para mim, ocorre bem no final do filme, quando Jesse e Celine estão no apartamento dela – ele ainda em dúvida sobre o que fazer, mas novamente encantado por ela. Celine então coloca um disco de Nina Simone e a dubla, imitando seus gestos. E, ao se fazer passar pela feia e desengonçada Nina Simone, ela definitivamente parece conquistar Jesse.
É possível, e talvez seja mais fácil, conquistar alguém imitando a Angelina Jolie, a Scarlett Johanson ou até mesmo a Malu Mader. Mas a beleza e a mágica de uma cena realmente acontecem quando se conquista, não só o outro personagem, mas toda a platéia, fazendo-se passar pela Nina Simone.
Uma das cenas mais românticas do cinema não tem um beijo, um abraço, nem muito menos um nu frontal. Tem-se uma mulher bonita – não linda – imitando uma feia. A trilha sonora composta por várias músicas de Julie Delpy.




segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Neil Young - The Greatest Hits (2004)

C, Coletânea que abrange boa parte (mas não tudo) da carreira do mestre Neil Young (nascido em 1945, em Ontario, Canadá), que mescla muito Folk, Country e Rock. Se você ainda não conhece a voz anasalada e as letras ácidas de Mr. Young, aqui está uma boa pedida pra começar... Confira!





domingo, 7 de novembro de 2010

Scott Pilgrim vs. the world - Soundtrack (2010)

C, na última sexta-feira, o Brasil recebeu o badalado blockbuster Scott Pilgrim Contra o Mundo. Confesso que não me interessei muito nem pelo gibi que deu origem à película, voltada ao público teen, nem pelo game, nem pelo filme. Mas a trilha sonora que embala as cenas do trabalho… Um brinco! Acaba de sair por aqui via Universal.
Tem inéditas escritas pelo Beck, além de T. Rex, Rolling Stones, Frank Black, Broken Social Scene e essa maravilha aí abaixo, que é da Plumtree, um girl band canadense. A música chama-se Scott Pilgrim, está no segundo CD delas (de 1997), e acabou inspirando o nome do personagem. Aqui no meu estéreo, está bombando direto. Também da trilha, depois vem a bela versão do Beachwood Sparks para By Your Side, de Sade. O vocal do banda do Scott é do Beck, com o backing dos atores... Sensacional !!!



sábado, 30 de outubro de 2010

Aretha Franklin - The Best of (2008)

O maior nome do soul dos anos 60 e até hoje figurando entre os artistas mais importantes da história da música.

Aretha nasceu em 25 de março de 1942, em Detroit, Michigan, Estados Unidos, filha de um proeminente pastor negro.

Seus primeiros passos na música foram dados em corais gospel e com apenas quatorze anos já era a solista no coral de seu pai.

Aos dezoito, começou a cantar profissionalmente e já na metade dos anos 60, seus discos eram vendidos aos milhões (incluindo suas composições e produções de sua autoria).

A intensidade técnica de Aretha Franklin, sua extensão de quatro oitavas e profundidade a colocaram ao lado de Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald, entre as maiores cantoras da história.




quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Eulogies - Here Anomymous (2009)

Foi criado há cerca de três anos, em Los Angeles, California. Seu primeiro disco homônimo foi lançado em Setembro de 2007, Em Abril de 2009 lançaram seu segundo trabalho "Here anonymous"; Inicialmente "Here anonymous" surge como um álbum indie agradável, mas em pouco tempo você é cativado pelas canções enganadoramente simples, vestidas de um belo instrumental e ao tão suave.




The Beatles - Abbey Road (1969)

Eu realmente não sei o que é mais difícil: me reinventar o tempo todo ou escrever sobre os Beatles. Me reinventar era preciso retornar com algo de peso. Nada mais pesado, nada mais relevante que a cultuada banda de Liverpool. Banda de que gosto pouco.
A situação em 1969 - quando o álbum Abbey Road foi lançado - não era das melhores. John Lennon já havia conhecido a Yoko, o Ringo Starr já havia passado por diversas crises de complexo de inferioridade, George Harrison queria mais espaço para suas composições e Paul Mccartney aumentava cada vez mais sua influência com a ausência cada vez mais frequente de John. Os conflitos de cunho artístico e até ideológico permeavam a atmosfera dos fab-four e a banda caminhava para o fim. Mas pelo menos no caso dos Beatles, não havia como constatar algo, não havia como adivinhar o fim da história.

Os Beatles começaram em 1962, tocando em Liverpool. Um misto de composições próprias e covers dos rocks da época. Em questão de quatro anos eram a banda mais influente da história do rock. Em menos de dez anos eles mudaram de som, de visão sobre o mundo e até de visual por diversas vezes. Dos iê-iê-iês para a psicodelia mais lisérgica possível. Da ânsia em pegar na mão de uma garota adolescente até a preocupação com revoluções prontas para estourar pelo mundo nos fim dos anos 60. Dos cabelinhos tigelinha até o visual mais pesado, com longas barbas e cabelos. Um dia pensei até na teoria da banda ser extra-terrestre. Em mais ou menos oito anos, eles resumiram o caminho que uma banda deveria seguir, passaram por modificações aceleradas e sem exagero algum, conseguiram compactar toda a história do pop e do rock no pequeno período que estiveram na ativa. Com a rica discografia deles, você poderia se isolar numa ilha por muito tempo sem se preocupar com o que iria ouvir. Toda audição do som deles é uma novidade. Você nota detalhes mínimos em cada música, você avalia a performance do Paul no baixo, constata que o Ringo não era tão ruim assim, franze a testa com a mão no queixo e pensa que o Harrison era um ótimo compositor e fica prestando atenção no tom anasalado da voz do John.

O Abbey Road foi o penúltimo álbum lançado pelos Beatles, porém foi o último a ser gravado. Já era o registro de uma banda extremamente evoluída, mas não passava de uma compilação de fragmentos de uma ruína. Claro que se você entrar na atmosfera diversificada do álbum, nem vai perceber que havia uma série de discussões e conflitos.

Como se atentar para faíscas quando o álbum se inicia com a sexualmente flamejante 'Come Together'? O compasso perturbador alternado com ataques constantes de guitarra se debruçam no peso do baixo de Mccartney. A harmonia tem suas pausas estratégicas e ainda apresenta um solo simples, algo perfeitamente inserido. C, 'Something' é a música definitiva sobre o amor, sobre a admiração direcionada a quem se ama. George Harrison exibe nessa faixa o motivo pelo qual ele deveriar figurar entre os compositores da banda. A música se desenrola de uma forma tão bela, uma cadência decrescente na retomadas de harmonia, tudo, absolutamente tudo nessa canção emociona. 'Maxwell Silver Hammer' evoca uma estrutura muito semelhante à da canção do Sgt. Pepper's "When I'm Sixty-Four" com aquela levada típica de cabaré. A música conta uma história estranha de um cara chamado Maxwell e seu martelo prateado, com direito a mortes por martelada, julgamento e tudo mais. O trabalho com as cordas de guitarra conseguem ser ofuscados pela linha de piano que repousa suavemente sobre a harmonia. O rock gritado de 'Oh! Darling' é uma incrível interpretação do sentimento de desespero/humilhação feita por Paul. 'I Want You (She's so Heavy)' é a mais imponente música feita pelos Beatles. Com arranjos perfeitamente encaixados, uma bateria influenciada pelo jazz e o complemento entre dedilhadas minusciosas de baixo com acordes macios da guitarra, essa faixa é uma longa alternância entre um estilo mais descontraído e toneladas de notas alongadas e pesadas. E quando as nuvens estão caindo sobre o ouvinte, quando os intrumentos se aglomeram numa intensidade indescritível, o céu se abre e o sol aparece com a singela 'Here Comes the Sun'. Uma obra genial de Harrison que se torna ainda mais importante quando cantada por Lennon. Se você fechar os olhos e perceber a levada de violão ao fundo com as palmas, vai evidenciar a destreza de George Martin ao produzir o álbum. E a introdução do sintetizador Moog ficou perfeita, mesmo levando em consideração que eles estavam há pelo menos uma década antes da popularização dos sintetizadores no rock. 'Because' tem uma das mais belas construções harmônicas do rock, utilizando apenas dedilhadas sonolentas de guitarra e pequenos toques de baixo. O canto realmente é a atração da faixa. E quando tudo está maravilhoso, ainda melhora com a habilidade de Paul ao piano abrindo 'You Never Give me your Money'. Tristonha mas versátil, a canção explode num ritmo à la ragtime e o vocal passa de John para Paul mas isso é a última coisa que se percebe em meio a cantos influenciados pelo gospel e por uma repentina subida da guitarra que assume a frente e proporciona uma perfeita mudança de arranjo, com todos cantando:


"One two three four five six seven
All good children go to Heaven"


Diabos, vou pular algumas faixas, se não escrevo sobre todo o álbum. 'She Came In Through The Bathroom' utiliza recursos de R&B para levar o ouvinte a balançar a cabeça, os ombros num ritmo envolvente. E quando tudo fica em silêncio, a arrepiante 'Golden Slumbers' resplandece com um canto sóbrio de Paul que emociona quando se exalta e rasga o vocal no trecho 'Golden Slumbers fill your eyes/Smiles await you when you rise'. Tudo continua magnificamente triste até 'Carry That Weight' entrar no embalo da bateria e anunciar continuidade à nona faixa 'You Never Give me your Money'. E continuando naquele embalo, a profética 'The End' funciona como aquela apresentação dos membros da banda num show. Na bateria... Ringo Starr! E vem um solo de batera só pra exaltar os fã em euforia. E é isso que acontece: Ringo arregaça a boca do balão num solo tribal e mostra que não era o membro medíocre da banda (cabe citar que a faixa Octopus's Garden é de sua autoria). As guitarras são apresentadas com Lennon e Harrison se alternando em epopéias dignas de solos progressivos. Paul complementa com acordes profundos de baixo e repetidas notas de piano, só pra dar uma refinada na coisa.

Abbey Road é o álbum mais bem produzido da banda (talvez Sgt. Pepper's possa até rivalizar), e o grande trunfo do quarteto. Muita gente esquece desse álbum ao colocá-lo entre os melhores do rock, seja porque o fim já estava próximo, seja pela desunião do grupo. Mas eu tenho um jargão particular: "e isso, só os Beatles". Abbey Road é um registro coeso de uma banda em frangalhos. E isso, só os Beatles.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nada Surf - Lucky (2008)

A primeira impressão é a que fica. Nem sempre é assim, principalmente quando falamos de música.

A primeira impressão que ficou nesse pouco tempo de audição do disco dos nova-iorquinos do Nada Surf é de que houve uma amenizada no som, como se a poeira tivesse baixado. Pianos, metais e cordas. Som requintado. Mas isso não significa que o som está "menos atraente" que o do último disco The Weight is a Gift, de 2005. Ele está soando, como um amigo meu disse, mais powerpop que o indie rock de costume. O que significa "mais powerpop"? É o fato de que há influências da energia empolgante do Big Star, uma banda que sabia mesclar o melhor da invasão britânica, com raspas de folk e uma diabólica medida de rock'n'roll em estado bruto. Em algumas melodias o power pop do Nada Surf se reveste de uma vestimenta mais sóbria e romântica, quando buscam no Badfinger alguma inspiração (e conseguem com êxito). O rock como o conhecemos embora presente, está menos agressivo que as levadas que marcaram a essência dos últimos trabalhos. Mas quem conhece a banda sabe que eles são donos de verdadeiros hinos ao amor, como 'Always Love', 'Inside of Love' ou 'Paper Boats', que gozam de melodias tão doces e encantadoras, que nem o mais grunge dos seres consegue ficar inerte ao ouvir uma dessas músicas. E em Lucky, disco que foi lançado em 5 de fevereiro de 2008, podemos ouvir muitas canções com esse estilo consagrado da banda. O trio está afiado ao entoar deliciosos acordes misturados a uma linha de baixo pesada e de bom gosto, como é o caso da faixa 'Are You Lightning?'. A voz de Matthew Caws continua serena, abastecida de uma suave rouquidão e um timbre agudo e agraciado. Com certeza essa faixa é a mais marcante, não só pela melodia em si, mas também por elementos marcantes, como é o caso de uns 'uhu-hu-hu-huus' que enfeitam a canção à partir do meio da execução. 'See These Bones' também é forte candidata a destaque do álbum, graças à constante levada da guitarra quee permanece atrelada ao fundo com uma linha de baixo incrível, pela sua versatilidade, pelos vai-e-vem que exibe na extensão da canção. 'Whose Authority' e 'Weightless' mostra que o Nada Surf continua cativante, principalmente pela parede sonora que a guitarra de Caws levanta em torno da harmonia dessas músicas. 'Here Goes Something' é uma curta canção baseada no country americano, na simplicidade de acordes amparados por uma percussão sem ornatos, e bela por sua estética rústica.

A primeira impressão é ótima. E a tendência é melhorar a cada audição. O Nada Surf está cada vez mais maduro, com um som cada vez mais polido. Tire sua conclusão C, espero que goste !




E esta das antigas, para você.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

The Dissociatives - The Dissociatives (2004)

C,  the Dissociatives é uma banda alternativa da Áustralia, fruto da colaboração entre Daniel Johns (Silverchair) e Paul Mac (DJ australiano).Paul Mac vinha participando de algumas músicas do Silverchair desde a época de Freak Show (1997) e, consequentemente, a amizade de ambos vinha crescendo. Após o final da turnê do álbum Neon Ballroombanda decidiu tirar um tempo de férias e, nesse período, Daniel Johns e Paul Mac trabalharam em algumas músicas que acabaram por serem lançadas em um EP chamado I Can't Believe It's Not Rock. Tratava-se de algo músicalmente bem diferente do Silverchair. Havia diversos elementos eletrônicos, além de o "famoso" peso das guitarras de Daniel Johns terem sido colocadas de lado. Em seguida, Daniel Johns voltou a trabalhar nas composições do sucessor de Neon Ballroom, o álbum Diorama (que será abordado futuramente neste blog). Durante a gravação de Diorama, Daniel Johns foi acometido de uma doença rara chamada Artrite Reativa, que teve seu "pico" durante os primeiros shows de divulgação do disco. A doença fez com que ele ficasse impossibilitado de tocar e andar inclusive, deixando-o de cama e assim adiando os planos para a divulgação do disco. Isso colaborou em partes com as fracas vendas de Diorama e algumas críticas não muito favoráveis ao disco, além de um desgaste com sua gravadora da época. Após o final da turnê Across the Night (turnê de divugação do Diorama), Daniel Johns passou a compor, junto com Paul Mac, as músicas do disco homônimo The Dissociatives.O álbum em nada lembra o Silverchair ou, até mesmo, o EP (embrião) I Can't Believe It's Not Rock. Trata-se de um álbum descontraído, "alegre" e com uma levada pop/rock, com diversos efeitos eletrônicos (muito bem introduzidos), entre outros instrumentos. Daniel Johns não deixou as guitarras de lado, trabalhando muito bem nas melodias das músicas. Além disso, um dos pontos fortes do álbum é o vocal do Daniel Johns, que ficou belíssimo, além dos backing vocals que ficaram excelentes (os melhores feitos pelo Daniel, até hoje). Destaque para as músicas Somewhere Down the Barrol, Horror With Eyeballs, Young Man Old Man (You ain't better than the rest) e Aaangry Megaphone Man.O álbum teve um sucesso mediano, já que foi um álbum sem grandes pretensões e divulgação.Espero que aprecie !




Me You Us Them - Pos-Data (2010)

C, ultimamente venho me impressionando com o alto nível dos lançamentos shoegazers nos últimos anos. A cada dia descubro uma pérola atrás da outra dentro deste gênero tão obscuro e distinto do rock moderno. O achado da vez é esse Post-Data, do grupo novaiorquino Me You Us Them.
Shoegaze turbinado com post-punk e recheado de texturas e muito groove. É difícil não se render à enxurrada de guitarras distorcidas, riffs angulares, batidas enérgicas e vocais grudentos que permeiam os 41 minutos do disco. Suas dez canções são tão intensas e viciantes que nem me arrisco a eleger uma melhor, embora considere a audição das faixas Re-Entry, Drugs, Big Time e iQuit obrigatória pra qualquer amante do rock que se preze.
Com este álbum o MYUT já se consagra como uma das grandes promessas dessa nova geração do shoegaze. Absolutamente sensacional!
C, se você gostou, acene com a cabeça.

domingo, 17 de outubro de 2010

Eternal Sunshine of the Spotless Mind - soundtrack (2004)

C, não sei se você já viu o filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind) de 2004. O filme é bárbaro. É um filme que fala sobre memória, passado, aquele filme "viagem". Eu adoro estes filmes. Se não viu, veja. A trilha sonora é igualmente boa. Há um cover do Beck para a música "Everybody's Gotta Learn Sometime" de Korgis. Quando eu era guri, adorava esta música.




Wolf Parade - EXPO 86 (2010)

C, essa banda lembra um pouco o modest mose. Lembra também a música dançante do The Foals. “Expo 86″ é o terceiro álbum da banda Wolf Parade de Montreal, Canadá.
A banda começou os trabalhos em 2003, abrindo shows para ninguém menos que o Arcade Fire. Isaac Brook, do Modest Mouse, além de colaborador do famoso selo Sub Pop, admirou o som dos caras e lançou o primeiro disco deles, “Apologies To The Queen Mary”, de 2005. Em 2008, veio o segundo disco, “At Mount Zoomer”.
Gostei bastante do que ouvi do Wolf Parade. É uma banda que, se não totalmente original, contribui com músicas excelentes, muito bem construídas e amarradas. “Expo 86″ nem foi lançado ainda e já o considero um dos melhores do ano. Confiram “Ghost Pressure”, minha favorita deles, até agora.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bombay Bicycle Club - Flaws (2010)

Depois do empolgante I Had the Blues But I Shook Them Loose (2009) os londrinos do Bombay Bicycle Club decidiram simplesmente mudar tudo. Colocaram de lado os hits dançantes, os riffs, distorções e toda aquela pegada que fez do grupo uma das grandes revelações da música indie no último ano.

Em Flaws a banda se reinventa, arriscando-se por tons mais acústicos, tranquilos. O disco conta com algumas releituras de sucessos do debut, vide Dust On The Ground, que recebeu uma roupagem folk -- bem diferente da pegada dance-rock da versão original. Há também dois ótimos covers: Fairtyale Lullaby, de John Martyn e Swansea, de Joanna Newsom.
Essa mudança repentina do indie rock dançante para o acústico poderia até provocar uma sensação de estranhesa e decepção, mas não é essa a impressão que fica após os 33 minutos de Flaws. A tranquilidade perpassada pelos dedilhados suaves do violão, a beleza das letras e a voz desconcertante de Jack Steadman fazem deste um registro de extremo bom gosto, demonstrando que o BBC tem maturidade e talento suficientes para mudar sem perder a qualidade.







segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Apparatjik - We Are Here (2010)

Apparatjik é um supergrupo formado pelo baixista Guy Berryman (do Coldplay), pelo vocalista/guitarrista Jonas Bjerre (do Mew), pelo guitarrista/tecladista Magne F. (do A-Ha) e pelo produtor musical Martin Terefe. Dessa mistura de britpop com indie rock dinamarquês e new wave saiu We Are Here, um álbum de música eletrônica melódico, dançante e com tendências experimentais.
Mas pelo menos no que concerne ao pop/rock do Coldplay, a presença de Berryman parece não ter influenciado tanto na sonoridade do grupo. Por outro lado, vestígios do dream pop vanguardista do Mew estão espalhados por todo o disco, tanto nas melodias quanto nos vocais. Essa influência é bastante perceptível nas faixas Deadbeat, Arrow and Bow, Look Kids e na belíssima Antlers.

Ainda assim, tudo é muito focado nos sintetizadores e nas batidas eletrônicas, sem rodeios instrumentais e experimentalismo forçado...um som mais objetivo e divertido, mais direcionado para o synth pop -- e é aí onde entra o "lado A-Ha" do trio.



We Are Here é uma verdadeira coleção de hits imediatos; um aviso de que os Apparatjik estão aí...e não estão pra brincadeira. C, estou viajando mais não vou deixar você órfã.




domingo, 26 de setembro de 2010

Menomena - Mines (2010)

Menomena (pronuncia-se minoumei) é uma banda de rock experimental oriunda de Portland, Oregon, formada pelos multi-instrumentistas Justin Harris, Brent Knopf e Danny Seim. Os três participam dos vocais e frequentemente trocam de instrumentos durante as performances.
O álbum em questão é o 4º na tragetória dos caras, sucessor de Friend and Foe (Barsuk Records) -- que considero uma das melhores bolachas indie de 2007. 




Mines demonstra um refinamento sutil na música do Menomena, embora isso não signifique uma evolução de fato. Ele não chega a ser tão audacioso quanto Under an Hour (FILMguerrero, 2006) e suas três faixas de 17 minutos, nem tão instigante quanto o Friend and Foe, mas ostenta a mesma sonoridade densa, marcada por loops instrumentais, atuação competentíssima das guitarras, bateria e teclados, além do sax barítono de Justin Harris dando um toque especial às melodias sempre intrincadas, incomuns, irresistíveis.


Assim como os outros álbuns da banda, Mines foi produzido, gravado e mixado pelos músicos com o auxílio do Deeler (Digital Looping Recorder), um programa de computador desenvolvido por Knopf na linguagem Max. Seim explica como é o processo de composição com o Deeler: "Primeiro, nós definimos o tempo de marcação, que é tocado nos headphones. Então nos revesamos pela sala com um único microfone. Um de nós segura o microfone em frente a um instrumento, enquanto outro toca de improviso um riff curto dentro do tempo marcado. Normalmente, começamos pela bateria. Depois que os tambores estão em loop, pegamos o baixo, piano, guitarra, sinos, sax ou qualquer outra coisa na sala que possa fazer algum barulho. O Deeler nos permite manter o processo democrático".
Os grandes destaques do álbum são as faixas TAOS, BOTE, Tithe e Five Little Rooms, embora as demais músicas mantenham o nível lá no alto, de forma que não há um ponto baixo em Mines. Um belo disco C !





quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Shugo Tokumaru - L.S.T (2005)

Apelidado de "o Sufjan Stevens japonês", esse jovem prodígio de Tóquio faz um som experimental baseado no lo-fi, misturando violões e outros instrumentos mais exóticos em arranjos intrincados e profundos, como poemas sonoros. E apesar das comparações ao músico de Michigan, Shugo Tukomaru demonstra ir muito mais fundo em seu próprio mundo musical -- brincando com os sons de uma forma mais ousada e tendo idéias muito mais inventivas que o próprio Sufjan.

L.S.T. (Active Suspension, 2005) -- oficialmente o segundo disco do músico -- é uma viagem acústica através de um mundo formado por camadas e texturas de cordas, pianos, sinos, apitos e xilofones. Um álbum cheio de melodias sofisticadas e ritmos ora lineares, ora dinâmicos. Uma obra de muito bom gosto, altamente recomendada para apreciadores de música folk, lo-fi e experimental.




sábado, 18 de setembro de 2010

1973 - Bye Bey Cellphone (2010)


C, acho que você vai se amarrar nesta banda. 1973 é um trio de indie pop formado pelos franceses Nicolás Frank, Jerome Thibaut e Barbillon Plasseraud, companheiros de escola e de futebol que resolveram se reunir pra fazer música. Em 2007 eles gravaram alguns demos e depois um par de EPs, que culminaram com o lançamento do long-play Bye Bye Cellphone.

Unindo a melhor do folk e do indie pop moderno com influências claras dos anos 70, o trio parisiense mostra já em seu primeiro disco que tem muito, muito potencial. Debut tranquilo e sossegado, onde podemos encontrar bons temas, belas vozes, composições refinadas e um sem fim de boas sensações.

Bye Bye Cellphone não vai mudar a vida de ninguém, mas certamente pode proporcionar momentos muito agradáveis a quem lhe dedicar alguma atenção. Ótimo disco!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

The National - High Violet (2010)

C deixa me falar desta banda, The National é uma banda modelo, uma banda exemplar. Fugindo dos rótulos e demonstrando uma evolução musical constante ao longo dos anos, eles adiquiriram o status de rockeiros de 1ª classe. Parece exagero? Não é.
Formado por Matt Berninger (vocais), pelos irmãos Scott (baixo) e Bryan Devendorf (bateria), e pelos também irmãos Aaron (guitarra) e Bryce Dessner (guitarra), este quinteto oriundo do Brooklyn, NY, já conta com cinco ótimos álbuns em sua carreira: a começar pelo The National (2001), passando por Sad Songs for Dirty Lovers (2003), Alligator (2005), Boxer (2007), e terminando no excelente High Violet (2010). São obras que, embora não possuam um apelo comercial forte, proporcionaram à banda cada vez mais reconhecimento e admiração por parte da mídia especializada e das pessoas de bom gosto. E bom gosto é um termo bastante apropriado para descrever a música do The National. Rock feito com seriedade, simplicidade e muita classe. High Violet é a demonstração máxima de toda essa excelência musical; o disco reune algumas das canções mais bonitas de que se tem notícia -- sem exagero. Ouça Anyone's Ghost, Afraid of Everyone, Bloodbuzz Ohio e Vanderlyle Crybaby Geeks (que conta com ninguém menos que Justin Vermont do Bon Iver no backing vocal) e você vai saber do que estou falando.
Melodias que perpassam uma sensação de tranquilidade, sem levar à monotonia. Letras ricas, mais profundas e menos convencionais que os devaneios românticos ou as poesias fúteis de sempre. Um instrumental impecável -- com destaque para as baquetadas primorosas de Bryan Devendorf -- servindo de base para o barítono marcante de Matt Berninger. Enfim, música relaxante, consisa, intensa, inteligente. Isso é High Violet. Isso é The National. Espero que você goste.



E este do disco de 2007:



domingo, 5 de setembro de 2010

The Police - Outlandos d'Amour (1978)

The Police foi uma banda de rock formada pelo baixista e vocalista Sting, o guitarrista Andy Summers e o baterista Stewart Copeland. A banda tinha influências do reggae, punk e do jazz. Em 1978 foi lançado Outlandos d'Amour que começou uma escalada lenta ao Top 10 britânico ao Top 30 americano. Imediatamente depois de seu lançamento, o grupo começou uma excursão britânica, lançou o single "So Lonely".






terça-feira, 31 de agosto de 2010

The Strokes - I'll Try Anything Once (You Only Live Once Demo) 2006

C, Ela é a música de abertura do álbum First Impressions of Earth de 2006. Eu prefiro esse lado B. E você vai ver porquê.






segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sebastien Tellier - Look (2008) Single

Sebastien Tellier é um francês pirado que testa os limites neste clipe. Longe de monotonia ou tédio, Look explora a visão ao acompanhar uma mulher andando. A cãmera passa por diversos lugares e sugere tantos outros. Acertou na mosca.





Eu odeio segunda feira

Odeio segundas-feiras, desde molequinho. Segunda é o dia de voltar ao trabalho, à escola e à rotina. É o dia de começar regimes, entregar dever de casa, começar em empregos novos, voltar à ginástica e parar de fumar. É por isso mesmo o dia internacional das promessas quebradas e dos prazos não cumpridos. Tirando a porcaria do domingo segunda-feira é, disparado, o pior dia da semana.