Todo mundo fala de Phoenix. Todo mundo adora o Phoenix. E não é para menos. A banda francesa é uma das coisas mais legais na música de hoje e encanta com um som contagiante e fofo. Mas é bom grifar que é fofo e otimista só na melodia, pois as letras falam de solidão, amores sem volta e falta de esperança.
A combinação infalível de boas composições, produção cuidadosa e um ritmo incrível é o que faz o Phoenix uma das bandas mais desejáveis do momento. O baixista Laurent Brancowitz dá a receita: "Pegamos a sonoridade sexy e cool que ouvíamos nos álbuns americanos e adicionamos doses contemporâneas de hip hop e house". E daí surgiu o delicioso ritmo Phoenix, com uma batida que levanta qualquer astral. É indie-rock, pop, eletrônico, folk, black.
A banda existe desde 97 e em 2000 lançou o álbum "United", uma estréia descoladérrima, que encheu de frescor o cenário musical. O disco já nasceu cheio de hype: um amigo famoso, o diretor Roman Coppola, assina as fotos de divulgação; Sofia Coppola coloca a música "Too Young" na trilha de "Lost in Translation"; Erlend Oye seleciona "If I Ever Feel Better" (uma das mais incríveis) para sua compilação DJ Kicks.
"Alphabetical" tinha a missão de suprir a ansiedade do público louco por mais novidade. A banda se trancou no estúdio e decidiu fazer um trabalho "mais pessoal e mais completo", segundo o site oficial. O ritmo gostoso continua nas faixas "Everything is Everything" (lembra a atmosfera de "If I Ever..." e "Too Young") e em "The Diary of Alphabetical", com levada folk, tipo um country moderno, com vocal e violão.
O estilista Hedi Slimane assina a capa do single em vinil para "Everything is Everything", do segundo álbum, "Alphabetical", lançado este ano, que projeta definitivamente a banda no mundo.
"Nossas letras são honestas e as emoções verdadeiras. Tentamos nos livrar de qualquer coisa artificial e mostrar uma performance totalmente sincera. Ao mesmo tempo, o trabalho permanece sofisticado e acima de tudo, único e com caráter de celebração". Entendeu o espírito do Phoenix?
A banda é formada por Thomas Mars (vocal), Christian Mazzalai (guitarra), Laurent Brancowitz (baixo e teclado) e Deck d’Arcy (baixo). Os meninos são amigos de longa data e tocavam na garagem da casa de Thomas no subúrbio de Paris. No início, lançavam músicas por seu próprio selo, o Ghettoblaster, e logo chamaram a atenção do selo francês Source Records. No começo, abriram para Dido, Air e Lenny Krawitz e agora são a banda de abertura dos shows do descolado duo Kings of Convenience.
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