A carreira do White Lies está seguindo exatamente o caminho planejado, e acredite, esse caminho foi planejado com muito empenho. Nomes, letras, capas, tudo faz parte de uma identidade construída com método. Se, após a morte de Ian Curtis, o restante do Joy Division formou o New Order com os fundamentos do Synth-pop, o White Lies, como banda discípula, também abraçou os sintetizadores, em Ritual, seu segundo álbum.
A primeira metade do álbum contém todas as canções memoráveis, indicando que o trabalho poderia ser um mero EP inflado. As duas melhores faixas são as que ostentam os melhores refrões, Bigger Than Us e Strangers, emotivas, sinais de vida em uma banda que faz questão de parecer morta. As oitentistas Is Love? e Peace & Quiet miram no Depeche Mode mas vão do Alphaville ao Duran Duran.
A segunda metade é esquecível, exceto pela interessante Come Down. The Power and The Glory simboliza tudo o que há de errado em Ritual, indo do sinistro ao dançante de maneira fria e planejada. Talvez esse Ritual do título foi o que fez o White Lies perder a alma. Ou ela nunca esteve presente.
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