terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Guster

Guster é uma banda indie/folk que surgiu há mais de 10 anos no cenário underground americano formada por Adam Gardner, Ryan Miller e Brian Rosenworcel, enquanto cursavam a mesma universidade.

Já são 5 álbuns em sua discografia - o último é o excelente Ganging up on the Sun (2006) - mas a banda se popularizou após o lançamento do 3º disco, Lost and Gone Forever.
A primeira música que ouvi deles foi a faixa 04 do último álbum, só que numa versão diferente - ouvi em 2006 quando soube que eles participaram do Mayercraft. Foi incrível, paixão à primeira ouvida rs. A partir daí pesquisei sobre os outros singles, após isso sobre os ábuns, por último os DVD's... não me cansei, Guster me pegou de jeito.
Então aí vai meu apelo aos amantes da boa música folk/indie, OUÇAM como lição de casa... É um som cru, melódico, exótico, envolvente, quase primitivo.. não

1995 – Parachute 

1998 – Goldfly 

1999 – Lost and Gone Forever

2003 – Keep It Together

2006 – Ganging on Up The Sun







segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Tunng

Tunng é uma banda experimental de folk do Reino Unido. Eles são frequentemente associados ao gênero folktronica devido às influência eletrônicas em alguns de seus trabalhos. Eles também são conhecidos pelos estranhos instrumentos utilizados, como conchas do mar - (Lastfm).
Desculpe o texto fraquinho. Paciência curtissíma. Sabe quando você baixa uma banda e acha que ela deve ser boa, mas nem de longe pensa que ela é tão boa assim.. pois é, com Tunng aconteceu exatamente isso. Fiquei impressionado com a leveza do violão e com o vocal maravilhoso que te faz viajar. Tudo isso com aquelas palminhas de fundo, sussuros dos outros integrantes, que dão um charme a mais. Nem preciso dizer como me amarrei nesse som.

Good Arrows (2007)


Comments of the Inner Chorus (2006)





terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Fionn Regan - The End of History (2006)

Deu preguiça. Depois eu coloco uma resenha....

The End of History (2006)




Micah P. Hinson

Só podemos acreditar que o universo de Micah P. Hinson é feito de miserabilismo, de paixão patológica por tudo o que é depressivo. Porque dessa forma cremos na conviccção com que o americano canta cada uma das notas das No dia 8 de dezembro do ano passado, após um show com o Mountain Goats, Micah pede sua namorada em casamento diante do público. Piegas e bonito. Um momento redentor para uma vida cheia de baixos.Depois de lançar o elogiado Micah P. Hinson and the Gospel of Progress (2004), que foi concebido em meio à remédios como modo de tentar se livrar de pesos do passado, Micah sofre um pequeno “acidente” que o deixa com uma dor permanente em suas costas. Após uma cirurgia, Micah fica meses de cama e, novamente, dependendo de xanax, codeína… Amigos começam a aparecer e canções surgem. Gravado sob essas circunstâncias, Micah P. Hinson and the Red Empire Orchestra é um disco denso, mas com uma ponta de esperança em cada verso. Canções arrastadas, dopadas, com um pé no country, fazendo jus ao seu sangue texano, Micah canta: “You’ll find me alone ’cause I lost my way when I was headin’ home…”. Piegas e bonito assim.suas canções. E o melhor de tudo isto é que, ao que parece, o vício faz.

Micah P. Hinson and the Gospel of Progress (2004)


Micah P. Hinson and the Opera Circuit (2006)


Micah P. Hinson and the Red Empire Orchestra(2008)



All Dressed Up and Smelling of Strangers(2009)





segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Esser - BraveFace (2009)

A primeira coisa que você nota ao por os seus olhos sobre esse jovem de 23 anos de Essex, é o seu gigantesco topete com as laterais raspadas, assim como manda o corte de cabelo do momento. Porém, ao terminar de ouvir o seu álbum de estréia Braveface é difícil apontar uma influência dominante ou outro artista novo que consegue armar tal mistura e manter um nível alto de coesão. No entanto, ao ouvir qualquer uma das 10 faixas presentes em Braveface é impossível não notar que a voz de Esser lembra muito a de Damon Albarn (Blur/Gorillaz).
E seria fácil compará-lo à extensa e eclética carreira de Damon Albarn (até porque o músico já percorreu quase todos os estilos do mundo, até um macaco ele já foi), mas seria uma injustiça levando em consideração que dentro desse enorme leque pop encontramos rock, brit, electro e... tango!

 

 


domingo, 20 de dezembro de 2009

The Fall - This Nation's Saving Grace (1985)

Alguém é capaz de imaginar U2 sem Bono Vox? Ou quem sabe The Cure sem Robert Smith? Ou ainda New Model Army sem Justin Sullivan?Pois bem, também não existiria The Fall sem Mark E. Smith, vocalista, principal letrista e “o patrão” da banda.Na mesma praia pós-punk de gente como Joy Division, Bauhaus, P.I.L. ou Gang of Four, Mark E. Smith e seu The Fall vieram de Manchester, Inglaterra, iniciando os trabalhos em 1977, influenciados por bandas como Beatles, Pink Floyd, Velvet Underground, Buzzcocks e The Kinks, tirando daí sua salada musical.Entre 1979 e 2007, com inúmeras mudanças na formação, a banda lançou mais de 50 álbuns, entre trabalhos de estúdio e ao vivo, sempre variando melodias pegajosas e/ou sujas, marcadas pelo modo único de cantar de Mark, linhas marcantes de contrabaixo e letras sempre interessantes. Esse disco, é o que mais gosto.


download

Florence + The Machine - Lungs (2008)

Neste fim de ano, época de balanços e previsões, Florence and the Machine é o principal nome entre as listas de apostas para 2010. A banda é o veículo de Florence Welsh, uma ruiva de 22 anos que nasceu em Londres e cresceu ouvindo Kate Bush e Velvet Underground. Na infância, ela diz que não parava de cantar e hoje, em pouco mais de um ano de atividade, já venceu o prêmio da crítica do Brit Award 2009, que foi entregue em fevereiro.
O que faz: compositora de tudo o que grava, ela diz que seu tema preferido é culpa e canta sobre isso em ritmo de folk, rock e blues. Não há nada de frágil ou doce em sua aparência ou sua voz. Além disso, sua música não é sempre imediata e pode não te pegar de primeira, mas a dedicação promete trazer recompensas. Seu primeiro álbum ainda não tem data certa para sair, mas já está em produção.
Para quem gosta de: PJ Harvey, Fiona Apple, Cat Power.

Lungs




Ouvir: “Dogs Days Are Over”

The Au Pairs - Playing with a Different Sex (1981)

The Au Pairs foi uma banda post-punk, formada em Birmingham (1979), com uma secção ritmíca soul e funk (influências de James Brown) e guitarras “punk” (influência dos Subway Sect), que tinha como vocalista, Lesley Woods, uma spoken words feminista e lésbica.
O seu primeiro álbum – “Playing with a Different Sex” – é um excelente com canções sarcásticas sobre relações entre géneros, tais como “It’s Obvious” e “We’re So Cool”. A banda acabou, em 1983, e Lesley Woods formou uma nova banda com mulheres, chamada The Darlings. Som típico dos anos 80 para quem se amarra.





terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cat Power - You are free (2003)

A cantora nova-iorquina Chan Marshall pode não agradar a todos, mas certamente não passa desapercebida por ninguém que escutar seus trabalhos com o Cat Power.Depois de uma passagem bem sucedida pelo Brasil em 2001, onde realizou pequenas apresentações sozinha, Chan deixou claro que ela é independente, não precisa de músicos de apoio nem nada do tipo. Ela dá conta do recado. Ela é o Cat Power. E, somente 4 anos depois de lançar o aclamado “Moon Pix”, o novo álbum “You Are Free” vem mais uma vez provar isso.Sim, porque o que ouvimos quase que em todas as faixas é apenas a voz de Chan acompanhada de poucos acordes em sua guitarra. Uma coisa bem simples, bem intimista e tranqüila. Alguns instrumentos aparecem vez ou outra como o piano na introdução “Don’t Blame You” e em “Maybe Not”, algumas partes de bateria (bem baixinha) em outras canções e um arranjo de cordas em “Werewolf”.A produção do disco foi feita por ninguém menos do que Andam Kasper, responsável por trabalhos do Queens Of the Stone Age, Pearl Jam e Foo Fighters, o que ajudou o álbum ter seus momentos mais lúcidos como em “He War”. O clima melancólico e muitas vezes triste, no entanto, predomina e, convenhamos, é exatamente nessas horas que a vocalista se sai melhor. A faixa “Names” é um grande exemplo disso.Se ao ouvir “You Are Free” você fechar os olhos, não pensar em nada e, principalmente, não estiver alegre, Chan Marshall poderá se tornar uma grande amiga. Se você gostou da Cat Power, é só avisar que eu coloco mais discos.

Department of Eagles

Gigas de MP3 soltos, enchendo pastas e diretórios virtuais. Algum deles até formam discos, têm capas e seus autores são conhecidos por mais de 100 mil pessoas. Mas a vasta paisagem sonora de músicas produzidas em 2008 é composta por dezenas de milhares de artistas anônimos que não são conhecidos por mais que dez mil ouvintes - e a tendência é que isso se agrave e, em pouco tempo, estaremos, todos os seis bilhões de pessoas do mundo, fazendo música para dois ou três gatos pingados ouvirem. Isso é ruim? Não para mim - não é exagero pensar que mais música foi produzida na primeira década do século 21 do que em todo século 20 e não vejo como isso pode ser ruim. Existe, sim, outro problema com essa maçaroca de músicas mendigando três ou quatro megas de espaço no seu HD - a falta de ambição, de aspiração à grandiosidade, de disposição rumo a algo que vá ficar na história sem precisar, necessariamente, reinventar a roda ou criar um gênero tipo melancia-pendurada-no-pescoço-rock. A brusca mudança que aconteceu com o Department of Eagles pode dar um rumo para esse pop oba-oba dos anos 00. O projeto paralelo do carinha do Grizzly Bear (Daniel Rossen) era um laboratório de colagens de beats e samples quando foi criado, há cinco anos. Mas depois de tanto tempo marinando à espera, Rossen e seu compadre Fred Nicolaus transformaram o DoE em outra história. Em In Ear Park, sai o experimentalismo DIY eletrônico e em seu lugar entra a precisão para compor canções que pertencem a um cânone do século passado - quando a música feita para adolescentes começou a aspirar a eternidade. Estou falando de um material de composição que une autores como os Wings de Paul McCartney, Brian Wilson, Burt Bacharach, John Lennon, Randy Newman, Todd Rundgren, Harry Nilsson, Arnaldo Baptista, Alex Chilton, Andy Patridge, Steely Dan, Roxy Music, Joni Mitchell, Scott Walker, Raspberries e Traffic. Sim, músicas escritas ao piano, quase sempre cantando a infância e a inocência (o disco é dedicado ao pai de Rossen, que morreu no ano passado), que se alongam para além dos três minutos de duração e ultrapassam a estrutura estrofe-refrão-estrofe, sem cair no experimentalismo porraloca, em busca de uma narrativa (tanto lírica quanto musical) que equivalha a de um livro. Em alguns momentos (”Waves of Rye”, “Teenagers”, “Phantom Other”) o volume das guitarras aumenta para além do clima setentão, alinhando a dupla com o Mercury Rev e o Flaming Lips da virada do século, mas por quase todo In Ear Park o clima - cheio de violões dedilhados, banjos, teclados, cordas e percussão de orquestra (são tocadas ou sampleadas? Realmente não sei) e muito, muito piano - é bucólico e introspectivo, mesmo quando soa épico e se leva muito a sério. É, de longe, a melhor coisa que Rossen já fez na vida.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Iron & Wine

“Iron & wine” é o nome com que se auto-intitulou este “one man show”, chamado Sam Bean, um estudante de cinema da universidade da Florida que costumava escrever canções nas horas vagas. Tendo sido publicado em uma revista que circulava em Seattle, Mr. bean acabou caindo nas mãos do dono de nada mais nada menos do que a gravadora fetiche SUBPOP, e assim se deu a guinada de um dos músicos mais interessantes que tenho ouvido nos últimos tempos.
Para mim uma das melhores coisas que aconteceu na área do folk-rock nos últimos tempos, desde Simon & Garfunkel. Parece exagero? Óbvio! Mas não sou eu o primeiro a dizer tal coisa (descobri na internet hoje).
Eu não sei bem o que acontece. O nome logo me despertou interesse. “Iron & wine” parece de cara o nome de algo meio cult. Iron (as cordas de aço de uma guitarra) & wine (uma boa garrafa de vinho) podem parecer uma boa companhia para uma tarde chuvosa, com os amigos, sem nada para fazer…
O primeiro disco de “Iron & Wine”, intitulado “The Creek Drank the Cradle”, foi composto, gravado em todos os instrumentos e produzido em casa pelo próprio Sam Bean. Dizem por aí que só se pode sentir o “verdadeiro” espírito deste disco ouvindo o vinil, onde as tosqueiras da gravação “caseira” afloram com todas as nuances. Como é muito provável que nunca vamos conseguir realizar tal façanha, vamos pular direto para “The Shepherds Dog”, seu CD de 2007.
Obra prima! “The Shepherds Dog” é obra prima! Não dá para reclamar de nenhuma faixa desse disco! Não parece copiado de ninguém! Não dá para dizer que nenhuma faixa é menos interessante do que outra!
Tudo é planejado: as melodias não são triviais, os instrumentos são cuidadosamente sobrepostos, mas o resultado é um apanhado de canções de caráter folk-acústicos, que te faz ficar pensando: Como ninguém fez isso ainda?
Ficou curioso sobre as influências de “Iron & Wine”? Taí: Belle & Sebastian, Neil Young, Simon & Garfunkel, J. J. Cale, Led Zeppelin (naquelas baladinhas country-folk que o Led gravou) e Creedence e Cat Stevens. Mas acho que o diferencial é que tudo isso está mesclado com suavidade. Baixar é de graça, mas é obrigação ter essas discos.
The Creek Drank the Cradle (2002)



Our Endless Numbered Days (2004)



The Shepherd's Dog (2007)




quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Rachel Yamagata

Primeiro de tudo, ouçam a música red and purple do post anterior. É sensacional. Ainda mais essa versão que achei. Pois bem, o pessoal que acompanha meu blog, percebeu que eu não sigo apenas um tipo de música. Gosto de vários. Querendo ou não, o que acabo postando aqui é de gosto pessoal. A idéia sempre foi repartir o pouquissimo que conheço, para a galera que está afim de ouvir algo que não toca muito por aqui. E um grande exemplo disto, é Rachel Yamagata. Terceiro, Cris... espero que goste também... Estou para postar isto a meses e esqueço.
A proliferação de artistas musicais e o consequente acréscimo na edição de discos leva a que muitos só nos cheguem à mão bastante tempo após o seu lançamento. Esta pequena nota introdutória serve para explicar porque razão escrevo sobre o disco de estreia de Rachel Yamagata, Happenstance, cinco anos após a sua edição.
Happenstance, que sucedeu a um EP homónimo editado em 2003, é uma obra que não deixa ninguém indiferente, o talento de Rachel Yamagata como singer/songwriter é admirável, a forma como adapta o seu registo vocal, de acordo com o sentimento subjacente à canção, é tocante, a sensibilidade revelada na forma lúcida como aborda temas complexos é irrefutável e tem como consequência um disco que se entranha à primeira audição.
Se o amor e suas implicações é o tema recorrente deste disco, a contradição entre a convicção de que o amor é muitas vezes uma circunstância fruto do acaso e a crença de que tudo acontece por uma razão é a sua alma, o fio condutor, enquanto que a composição, as letras, a voz e a sua sensualidade que dela extravasa, são o corpo, o resultado é uma descrição pungente do resultado desse conflito.
São exemplo disso temas como "Be Your Love", "Worn Me Down", "Letter Read", "Collide", "Under My Skin", "1963", "Meet Me By The Water", "I’ll Find A Way" e, principalmente, "Paper Doll", nas quais a fusão de elementos clássicos e inovadores, dá lugar a canções verdadeiramente intemporais. Sem muito mais blá blá... Eis que em 2008, quatro anos separam Happenstance, o disco de estréia de Rachel Yamagata, de seu mais novo lançamento, o álbum Elephants…Teeth Sinking Into Heart. E não há como não chegar à conclusão de que o tempo fez muito bem à artista: enquanto no primeiro a garota criou algumas boas faixas com enorme potencial de hits instantâneos, mas que não conseguiam ir mais fundo do que isto, neste seu segundo álbum Rachel traz à tona canções cuja sofisticação melódica, sabe-se, foi fruto de um amadurecimento que só se atinge com tempo suficiente para refletir e polir melhor aquilo que é gestado. Sem muitas delongas, senão o post fica longo.... O disco é bom, e merece o aporte de uma gravadora como a Warner. Os vídeos que vou postar, são do primeiro disco.

Elephants…Teeth Sinking Into Heart(2008)



Happenstance (2004)






terça-feira, 8 de dezembro de 2009

The Dodos - Visiter (2007)

Hoje deu vontade de escrever. Sei lá. Vontade apenas....Ah, você vai se amarrar novamente...rs rs
The Dodos veio provar que aquilo que não é hypado pode ser melhor em todos os sentidos , e que essa onda folk-wannabe já deu o que tinha que ter dado. Inicialmente conhecida por Dodo Bird , a banda lançou-se no cenário musical em 2005, quando ainda consistia apenas em um projeto solo de Meric Long. Foi neste mesmo ano que ele lançou um EP homônimo. Logo, Meric conheceu Logan Kroeber, que passaria a ser seu parceiro de The Dodos, nome que foi adotado no começo da união. Ano passado, a dupla natural de São Francisco, Califórnia, assinou contrato com a Frenchkiss Records e este ano lançou seu segundo disco, sucessor de Beware of the Maniacs que foi batizado de Visiter.

É, Visiter, com “e”. Gramaticalmente falando, essa palavra não existe na língua inglesa, o certo seria Visitor, com “o”. O que aconteceu foi que os Dodos resolveram fazer um micro show em uma escola, para várias crianças e elas deram à eles vários desenhos de presente. Um deles chamou a atenção deles pela grafia errada, e talvez pela ingenuidade da criança, então o nome do disco foi adotado daí. Entrevistados pela L.A. Record, eles disseram que eles usaram todos os desenhos no encarte de Visiter.
Atualmente, o termo neo-folk tem sido distorcido e muita coisa ruim provavelmente chegou aos seus ouvidos. Baixe Visiter e seja inserido neste gênero pelas seguintes razões:
As influências fortes de Elliott Smith, Nick Drake e Iron & Wine, nomes obrigatórios para o verdadeiro apreciador do folk alternativo por serem percursores do movimento, cada um em sua geração. Red and Purple, The Season, Walking e God? são as melhores músicas. Os temas aboradados pelo The Dodos em suas letras vão desde mais simples como reflexões sobre o passado à mais complexos como o questionamento da existência de Deus.
Na presença do bucolismo americano, usa-se o banjo e levadas country nas horas certas, sem exageros, e a percussão quase africana de Logan dá um diferencial enorme. Ao contrário de diversas bandas do mesmo estilo, as músicas não se tornam repetitivas, muito menos cansativas, suas letras são fáceis e bastante sing-along.
O vocal de Meric é evidentemente pop. As frases são pausadas, a dicção é clara, e consegue combinar em um estilo diferente. Em Walking, a primeira faixa, essa característica é bem evidente, aliás é lindo o modo como ela se junta com Red and Purple formando uma mistura bem homogênea das duas músicas. Elas se completam.
Espero que goste tanto quanto eu gostei.

Visiter (2007)


ou



segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Stephen Fretwell – Man On the Roof (2007)

Voltando agora para as atividades normais do blog, ou seja música e algo mais (leggy). Esse inglês de 28 anos, faz um folk que lembra ao som do Bob Dylan, sua influência direta. Ele foi convidado a participar de banda de apoio de vários artistas mais renomados, como Keane, KT Tunstall e Travis, por exemplo. Mas é sua carreira solo que tem mais destaque, pelo menos eu acho ( na minha humilde opinião).
Cris, você vai se amarrar neste som.



domingo, 6 de dezembro de 2009

Hexa !!!!!!!!!!!!!



Me desculpem. O blog é sobre música. Mas não para deixar passar um hexa campeonato...
É "équissaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa".



sábado, 5 de dezembro de 2009

The Fratellis

Estou sem paciência para escrever...
A primeira apresentação da banda foi no bar O'Henry em Glasgow em 4 de março de 2005 e desde então foram apresentados como uma das bandas mais promissoras para o ano seguinte. Em 3 de abril de 2006, lançaram o disco The Fratellis EP com três faixas; "Creeping Up The Backstairs", "Stacie Anne" e "The Gutterati?", que devido a baixa tiragem, chegam a custar mais de 30 libras esterlinas no site de leilões eBay. Mais tarde, em junho de 2006, a banda se apresentou nos programas Later with Jools Holland e Top of the Pops.

A origem do nome da banda é motivo de divergências, com alguns afirmando que deriva do filme The Goonies, de 1985. Outros dizem que a banda seria originalmente um quarteto para tocar em casamentos. Uma entrevista para o jornal The Sun revelou mais tarde que o nome teria sido tomado do baixista Barry, cujo sobrenome original é Fratelli, e os outros integrantes da banda simplesmente tomaram-no como um pseudônimo.
Segundo o Top of the Pops, a banda se formou por meio de anúncios publicados na mesma loja de discos.
Em 10 de agosto de 2006, a revista NME publicou uma matéria de página dupla com a banda, declarando-a como a melhor nova banda na Grã-Bretanha. No dia 25 do mesmo mês, a banda se apresentou no programa The Friday Night Project, onde tocou o seu então futuro single "Chelsea Dagger"

Fonte: Wikipedia.
Costello Music (2006)

 
Here We Stand (2008)

 


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Across The Universe - Soundtrack

Trilha Sonora do filme Across The Universe (2007)


CD 1 download
CD 2 download



domingo, 8 de novembro de 2009

Metric

Formada em Nova Iorque, porém mais atuante no Canadá, Metric conta com a querida vocalista Emily Haines, que em paralelo ao Metric já trabalhou na banda Broken Social Scene e também tem discos solo. A banda possui na bagagem 4 álbuns de estúdio e 1 ao vivo. Seu último trabalho, o Fantasies, foi lançado no meio desse ano. A partir desse último álbum a banda começou a ficar mais conhecida mundialmente, saindo da America do Norte e invadindo países da Europa. Eles já vieram ao Brasil como line-up no Motomix The Rokr Festival, que aconteceu no dia 28 de julho de 2008. O Metric não deixou a desejar ao vivo, e mesmo com poucos fãs lá para conferir não se sentiram desanimados e tocaram todos os seus maiores sucessos com grande animação.

Grow Up and Blow Away (1999)



Old World Underground, Where Are You Now? (2003)



Live It Out (2005)



Fantasies (2009)


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cibelle

Quando você ouve Cibelle pela primeira vez em algum momento se pergunta: Não é a Bebel Gilberto? Fica meio intrigado até se dar conta de que realmente não é. Elas têm o timbre de voz parecido, já cantaram eletrobossa, moram fora do Brasil, foram produzidas pelo Suba, mas é só, elas não têm mais nada em comum. Em The Shine Of Dried Electric Leaves, Cibelle consegue escapar dos rótulos e comparações, e apresenta algo realmente novo numa bem elaborada fusão de estilos musicais.
Nascida em São Paulo e radicada há algum tempo em Londres, a cantora, compositora e instrumentista já está na estrada há algum tempo, e tem entre seus triunfos um disco solo anterior, a participação no épico São Paulo Confessions , do falecido produtor Suba, e de ter as músicas Só Sei Viver no Samba e Dia de Iemanjá incluídas, respectivamente, nas trilhas do filme O Jardineiro Fiel e da série A Sete Palmos (Six Feet Under). Ela também participou da gravação de Ela é Carioca , ao lado de Celso Fonseca, da novela América.
O segredo de Cibelle foi ter se cercado de um timaço de parceiros, como Apollo Nove, Arto Lindsay, Lanny Gordin e Mike Lindsay, entre outros. Para quem gosta de rótulos, classificaria The Shine Of Dried Electric Leaves como de MPB psicodélica, com direito a guitarras ardidas, climas etéreos, forte tempero de bossa nova e eletrônica aqui e ali. Tudo costurado pela belíssima e suave voz de Cibelle, com influências de Marisa Monte, Gal Costa, Sade e outras, mas esbanjando personalidade. Mesmo sendo um CD extremamente coeso e propício para ser ouvido de ponta a ponta, não resisto e cito a hipnótica Green Grass , a psicodélica e reflexiva Phoenix , o sacudido dueto com Seu Jorge em Arrête Lá Menina , a misteriosa e envolvente Mad Man Song e a releitura bossa nova de London London , de Caetano Veloso, em dueto com Arto Lindsay. Consegue imaginar ecos de Jefferson Airplane, Marisa Monte, Caetano Veloso, Tom Jobim, Sade e Beth Orton em um único trabalho sem soar um pastiche? Eis a façanha de Cibelle.


Cibelle (2003)



The Shine Of Dried Electric (2006)





Kasabian

A mistura rock-eletrônico é até comum hoje em dia, mas a banda não soa como outra qualquer. Com um baixo bem marcante eles conseguiram criar uma sonoridade própria e se destacar no cenário musical. Além da música, eles chamam a atenção da mídia britânica por outro motivo: a falta de censura na letras que saem da boca de seu vocalista. Com elas, o Kasabian já arrumou problemas com algumas celebridades, como Gerard Way vocalista da banda My Chemical Romance. A banda é maneira... curte o som abaixo. Os links estão aí pela internet (já tomei um puxão de orelha do blogge...rs rs )
Kasabian (2004)

Empire (2006)

West Ryder Pauper Lunatic Asylum (2009)


domingo, 1 de novembro de 2009

Liars - They Were Wrong, So We Drowned (2004)

Liars é um grupo americano de rock (Nova York, com origens em Los Angeles), capitaneado pelo cantor e guitarrista Angus Andrew, australiano de origem. Originalmente a banda se completava com Aaron Hemphill (guitarra, percussão e sintetizador), Pat Noecker (baixo) e Ron Albertson (bateria), formação que gravou o primeiro álbum do Liars, They Threw Us All in a Trench and Stuck a Monument on Top, em 2001. Logo em seguida Noecker e Albertson saíram do grupo e Julian Gross assumiu a bateria.
Visto de hoje, They Were Wrong, So We Drowned parece bastante coerente dentro da carreira de quatro álbuns e alguns EPs do Liars. Parece também bastante contextualizado no panorama do rock experimental americano que flerta com lo-fi, no wave e sonoridade crua. Mas o tempo prega suas peças: essa constatação é o exato oposto da recepção que o segundo disco do Liars obteve a torto e a direito. Basicamente esperava-se que o sucessor de They Threw Us All in a Trench and Stuck a Monument on Top desse umas aparadas nas esquisitices do primeiro para fazer o álbum de discopunk perfeito, ou ao menos um que fosse páreo para Echoes, do Rapture. E, bom, TWWSWD não é nada disso. Quem ouviu o disco esperando atualizações de “Mr. Your on Fire Mr.” deu com os burros n’água. Mas o disco vai mais longe: não só não existe nenhuma faixa mais palatável como o próprio som cheio do primeiro disco dá lugar a arranjos mirrados com intervenções mínimas e repetitivas de instrumentos, quase sempre um mote repetido ao infinito e quase nunca mais que dois instrumentos ao mesmo tempo, a bateria estando presente em todos eles. Surgido no primeiro disco como um grupo hypado e no centro de uma cena prolífica, TWWSWD reinventou o Liars como um grupo musicalmente ambicioso e ousado demais para pertencer ao mesmo meio que agregava bandinhas edgy mas fáceis como o Interpol. Naturalmente, o ouvinte indie genérico abandonou de cara. Simultaneamente, o admirador de rock mais viajante e experimental, fã de Boredoms, Ruins, Lightning Bolt e Tortoise, viu ali a confirmação de uma banda instigante e jamais confortável em repetir fórmulas, de peito aberto à execração pública desde que isso significasse também o abandono de todos aqueles que só estavam ali porque era modinha.





quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Um dia como outro qualquer.

Se tem uma coisa que tenho aprendido ao longo do tempo (fala "o experiente") é que tudo tem uma razão para acontecer. Talvez você não entenda agora o que te acontece. Mas daqui um tempo, você vai olhar para trás e entender o porque de ter lhe acontecido. Tem coisas que são para ser. Exemplo. Ás vezes você pode estar em um café, e chega uma pessoa e te pergunta sobre o livro que está lendo. E boom. Se casam. Aquela dúvida que você tinha antes com outras pessoas, não tem mais. E se você tivesse ido ao cinema? E se você tivesse ido em um outra cafeteria? e se você tivesse chegado 10 minutos mais tarde? E se, E se.... Era para ser. Definitivamente
A maioria dos dias do ano é comum. Ele começam e terminam, sem nenhuma memória durável neste tempo. A maioria dos dias não tem impacto no decorrer da vida. Hoje, 02 de Outubro de 2009, hoje é uma sexta feira. Por volta de 00:40h. E estou pensando em uma coisa que talvez contradiz com o que foi escrito acima, esse horário meus pensamentos não são tão claros. Sim, acabei de pensar uma coisa. É que você não pode atribuir um significado cósmico a um simples evento terreno. Coincidência. É o que tudo é. Nada mais que coincidência. O que você acha ?

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Wilco - Yankee Hotel Foxtrot

Há muito tempo atrás existiu uma banda chamada The Beatles. Em 66 eles lançaram um álbum chamado Rubber Soul. Um louco que atendia por Brian Wilson ouviu esse disco e teve certeza de que podia fazer melhor. Foi assim que nasceu Pet Sounds, um dos mais belos discos que o pop já pariu. Todos os quatro beatles ficaram de cara, principalmente Paul McCartney, que encontrou em Pet Sounds a pop perfeito, segundo ele próprio, em God Only Knows.
Os quatro carinhas de Liverpool entraram em estúdio e saíram com Revolver. Não se deram satisfeitos e foram ainda mais além, dando de presente para o mundo Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band, só pra gente lembrar o quanto é possível ser genial em apenas três minutos.
Brian Wilson ouviu Sgt Peppers e enlouqueceu, literalmente. Juntou os restos dos Beach Boys e começou a trabalhar em um álbum chamado Smile, que nunca foi lançado. Até hoje, quem teve acesso as muitas versões piratas de Smile diz que o disco é tragicamente genial. Brian entrou em parafuso e só voltou da viagem no começo dos anos noventa. Enquanto isso, os Beatles gostaram de provar que eram gênios e lançaram mais duas obras-primas: o White Album e Abbey Road.
Tudo isso pra dizer que grandes discos não trazem apenas grandes músicas. Eles geram grandes filhos. Yankee Hotel Foxtrot, do Wilco, ultrapassa todos os limites que um dia eu imaginei que o pop possuísse. Não se trata apenas de uma coleção de musiquinhas simpáticas e bonitinhas. YHF é o desabafo de uma geração, a prova de que não apenas se ouve música com o coração: se faz também.
Não sei ao certo ainda o impacto destas três letras sobre a minha vida. Os filhos que YHF gerou no meu cotidiano ainda dão frutos. Foi através do choque que o primeiro contato com Jesus etc causou na minha cabeça que eu descobri um monte de outras coisas. Blues Traveler com Hook e Regarding Steven talvez sejam os maiores exemplos deste estrago. Mas a estrada é longa. Jack Johnson, John Mayer, Coldplay, Ben Kweller, Elliot Smith, Grandaddy, Ryan Adams: não teria capacidade de entender nada disso se YHF não tivesse aberto um buraco ligando a minha cabeça ao meu coração.
Provavelmente ainda vou escrever muito sobre isso. Talvez textos melhores, em que eu consiga colocar em palavras o que é impossível de descrever. Mas, por enquanto, fico por aqui, com a certeza absoluta de que os ecos de Jesus etc e How To Fight Lonelliness ainda não fizeram todo o barulho que podem fazer.



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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Arcade Fire

O Arcade Fire foi formado em 2003 na cidade de Montreal, Quebec, no Canadá, pelo casal Win Butler e Régine Chassagne. A sua formação também conta com Richard Reed Parry, Tim Kingsbury, Sarah Neufeld, William Butler e Jeremy Gara. Com o lançamento do primeiro álbum, "Funeral", em 2004, pelo selo Merge Records, o Arcade Fire virou um fenômeno no cenário indie rock. Não somente devido aos elogios que o disco recebeu, mas, muito mais pelas fantásticas apresentações ao vivo. Além do básico bateria, guitarra e baixo, o Arcade Fire utiliza diversos instrumentos musicais, como xilofone, teclado, acordeão, violoncelo, violino, viola, teclado, harpa, etc. Em 2007, a banda lançou outro celebrado álbum, "Neon Bible".

Funeral (2004)

Neon Bible (2007)

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terça-feira, 20 de outubro de 2009

Brendan Benson

Conheci esse cara pelo seriado Skins. Na hora que a Cassie começa a dançar no seu episódio, na primeira temporada. Depois disso, o som não me saiu da cabeça, mas nunca postei nada sobre ele. E hoje deu vontade. Apesar de gravar em casa e da maneira mais lo-fi possível, ele não segue a linha garageira que recolocou a cidade de Detroit na primeira divisão do mapa do rock americano. Na verdade, nem mora mais lá – trocou a fria cidade industrial do norte pelo sol e o calor da Califórnia. Brendan Benson aposta em doces melodias, belas harmonias e homenagens a ídolos do passado, como Beatles, Kinks, Big Star, Marc Bolan e Paul McCartney & Wings. Abonico R. Smith aprova o mais recente álbum do artista, Lapalco.
Recentemente, a cidade de Detroit voltou a chamar atenção. De lá saiu uma nova geração de sons garageiros – puxada por bandas como White Stripes e Von Bondies – que recolocou o pólo automobilístico na primeira divisão do mapa do rock americano. Contudo, entre esquisitices e gravações primando pelo lo-fi um nome parece soar meio deslocado de toda essa turma – provavelmente pelo fato dele nem morar mais lá – trocou a fria cidade industrial pelo sol e o calor da California.
Brendan Benson faz tudo sozinho (ou quase, dividindo em algumas faixas as funções de compositor, arranjador e músico com o parceiro Jason Faulkner, mais conhecido por ter tocado guitarra no Jellyfish, na primeira metade dos anos 90) e em casa, da maneira mais lo-fi possível.

My Old,Familiar Friend (2009)

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Alternative Love (2005)
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Folk Singer (2002) EP
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La Palco (2002)
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One Missippi (1996)

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Leggy

Querida K, abra os olhos para ver o sol brilhar, pois o vento está calmo e os pássaros cantarão e você faz parte de tudo isso. Quero te ver sorrindo, como uma pequena criança. As nuvens farão uma cadeia de margaridas, para ver você sorrir.

domingo, 18 de outubro de 2009

Mude !

Eu ando meio sem tempo para postar coisas novas. Esse texto é muito bacana, e o tenho como plano de vida....

Mude !
Edson Marques

Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.

Sente-se em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.

Quando sair,
procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho,
ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção
os lugares por onde
você passa.

Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos.
Procure andar descalço alguns dias.

Tire uma tarde inteira
para passear livremente na praia,
ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas
e portas com a mão esquerda.

Durma no outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.

Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais...
leia outros livros,
Viva outros romances.

Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.

Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos,
escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores,
novas delícias.

Tente o novo todo dia.
o novo lado,
o novo método,
o novo sabor,
o novo jeito,
o novo prazer,
o novo amor.
a nova vida.

Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.

Almoce em outros locais,
vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo,
jante mais tarde ou vice-versa.

Escolha outro mercado...
outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.

Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.

Troque de bolsa,
de carteira,
de malas,
troque de carro,
compre novos óculos,
escreva outras poesias.

Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.

Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas,
outros cabeleireiros,
outros teatros,
visite novos museus.

Mude.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação,
um trabalho mais light,
mais prazeroso,
mais digno,
mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.

E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.

Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.

Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
Só o que está morto não muda !

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Air - The Virgin Suicides (2000)

Jean Benoit Dunckel e Nicholas Godin nasceram em Versailles e conheceram-se graças a Alex Gopher com quem formavam uma banda chamada Orange. Em meados dos anos 90, Gopher abandonou a banda para tratar da sua carreira a solo como DJ e produtor enquanto que Dunckel e Godin formaram a banda Air. Air é uma banda que, embora muitas vezes se viu incluída no campo da música house francesa, diverge muito das propostas techno pop de Daft Punk ou retro disco de Dimitri From Paris. O primeiro disco foi editado sob a forma de white labels simples que mais tarde(quando o êxito os tornou no duo mais famoso no panorama francês) foram reeditados com o nome de "Primeiros síntomas".Air gabam-se em serem herdeiros da música francesa com Serge Gainsbourg no pensamento. O certo é que os seus ambientes assemelham-se muito à imagem do café parisiense repleto de fumo da marca Gitanes do que na maioria dos seus contemporâneos. Sem dúvida alguma, uma das chaves para o seus sucesso foi sabertocar enquanto outros ainda experimentavam. Os instumentos utilizados também são importantes, pois o Moog e Rhodes são as únicas opções no teclado com o qual obtém um som retro facilmente identificável. Moon Safari, o primeiro álbum editado na editora Virgin, contava com a colaboração de Beth Hirsch que cantou um dos melhores singles do álbum(Kelly Watch The Stars) entre outros. Moon Safari tornou os Air numa banda famosa em França e com um sucesso limitado no resto da Europa, incluindo Inglaterra. Este sucesso deu-lhes uma certa popularidade que lhes deu oportunidadepara trabalhar com artistas de alto gabarito tal como os Depeche Mode ou Neneh Cherry. Depois, veio uma recompilação e a banda sonora do filme se Sofia Coppola"As Virgens Suicidas". 10,000 Hrtz é o seu trabalho seguinte que sai em 2001. Talkie-Walkie sai em 2004.

Fonte: MTV - Portugal.

Air The Virgin Suicides Easy-Share – download

RapidShare – download



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

King of Leon - Aha Shake Heartbreak (2004)

Quem não gostaria de ser um dos integrantes do Kings Of Leon? Há motivos de sobra para todo mundo querer ser um dos três irmãos Followill [Caleb, Nathan e Jared] ou o primo Matthew. Eles fazem rock mesmo, sem modismo, na contramão da decantada babação de ovo aos anos 70 e 80. São feios, esporrentos, tocam mal. Arrotam Jack Daniels barato, cantam com um sotaque ininteligível do Tennesse e, ainda por cima, fazem mais sucesso na Inglaterra que nos seus rincões ianques. Se você concorda, caia dentro. Para a alegria geral de garotos que, como eu, amavam Creedence Clearwater Revival e Neil Young, o Kings Of Leon volta à ação pouco tempo depois do lançamento de seu primeiro disco, Youth And Young Manhood, uma avis rara no meio de tantos simulacros de bandas nova-iorquinas de pós-punk temporão. Com decalques lindos e precisos das sonoridades empoeiradas do sul, esta maravilhosa instituição inspiradora de boas bandas, o quarteto saiu evocando as presenças dos citados Young e Creedence [além de ZZ Top, Tom Petty And The Heartbreakers e Greggg Allman] e pariu o sucessor de Youth And Youngmanhood, o soberbo A-Ha Shake Heartbreak, já lançado por aqui pela BMG antes de sua fusão com a Sony. Os Followill são, junto com seus compatriotas do My Morning Jacket, as melhores bandas americanas surgidas nesses anos zero. Aliás, ambas as formações parecem presas em uma fenda temporal, parada em 1975, ignorando tudo o que aconteceu depois disso. Só que o Kings Of Leon é mais chegado em um cow-punk, aquele tipo de som que detona instrumentos enquanto mastiga um capinzinho no canto da boca. Filhos de um pastor protestante que pregava em um trailer no sul dos Estados Unidos, os irmãos Followill começaram a tocar em 1998. Se apresentaram em muita igreja antes de se juntarem ao primo Matthew e decidirem formar o Kings Of Leon, aparentemente livres que qualquer influência eclesiástica em sua atitude ou som. Desde então, lançaram dois EPs [um deles, Holy Roller Novocaine, com as cinco músicas que fariam a espinha dorsal do álbum que lançariam em 2003, o já falado Youth And Youngmanhood]. Os Followill são moleques com idades entre 17 e 24 anos, que estouraram primeiro na Inglaterra – talvez porque sejam, na essência, uma mera banda de bar de beira de estrada. Não interessa tocar bem, apenas continuar tocando e manter o povo distraído. Não se engane, porém, quem pensar que o som é acessório. Nada mais renovador que, em meio ao urbanismo de bandas contemporâneas como Strokes ou White Stripes, o Kings Of Leon saia contando histórias cheias de putaria, bebedeira e pick-ups que fazem pega em cidades com caixa d´água na praça central. A vida caipira americana, talvez o que eles tenham de melhor, é evocada seja na vitalidade da banda ao executar novas velhas músicas como no simples punch que os guia.

domingo, 11 de outubro de 2009

Quero apenas segurar sua mão.

Ela vem com seus passos suaves
Amada por uns, temida por outros.
Está imortalizada na mente dos jovens
Com seus cabelos dourados e olhos selvagens

Quando caminho ao seu lado,
sou o melhor homem do mundo
Quando a deixo,
retorno sempre cambaleando.
Quando vem me cumprimentar,
fico a sua mercê.

Não tinha percebido que,
Não quero ter horas, e horas de amor.
Não quero ficar casado uma centena de anos.
Quero apenas segurar a sua mão.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Esperando

K

Começou como um sentimento,
Que então cresceu e se tornou uma esperança,
Que se tornou então um pensamento silencioso,
Que se tornou então uma palavra silenciosa,
E então essa palavra cresceu mais e mais ruidosamente,
Até se tornar um grito de guerra.
E tudo virou lágrimas
Eu voltarei quando você me chamar,
Não há porquê se despedir.
Continuo a sua espera....

Regina Spektor

Regina Spektor nasceu no seio de uma família judaica durante a última década do regime soviético e, por conta disso, sua carreira de musicista sofreu alguns reveses; o piano em que treinara durante toda a infância teve de ser deixado para trás durante a Perestroika - a abertura econômica da União Soviética que permitiu a emigração dos cidadãos. Ela tinha apenas nove anos quando se estabeleceu com a família no bairro do Bronx, em Nova Iorque. Foi no porão da sinagoga local que encontrou um antigo piano e retomou seus estudos já influenciados pelo rock, pelo hip-hop e pelo punk.
Na adolescência, Spektor já era uma das alunas veteranas da Escola de Música de Manhattan e via suas atenções musicais divididas entre a formação clássica e os sons contemporâneos ao redor. Por conta disso, cedo acabara por juntar intuitivamente as duas influências em suas composições. Mas, até então, sua música eram apenas esboços, uma distração e complemento da escola; Regina Spektor só cogitou levá-las à sério durante uma viagem à Israel, quando outros jovens lhe disseram o quanto haviam sido tocados pelas composições; refletiu. Aos dezessete anos começou a transpor seus escritos contundentes para arranjos em voz e piano.
Talvez uma tendência à precocidade somada às experiências incomuns que vivera com tão pouca idade expliquem um pouco para que as letras compostas por Regina Spektor tenham um peso tanto incoincidente com seus 28 anos. Uma delas, em especial, costuma chamar a atenção por deixar muito claro todo impressionante nível de maturidade poética, humana e mesmo linguística de Regina Spektor. Chemo Limo, de seu segundo álbum "Sovietic Kitsch" (2004) - nome retirado do livro A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera - trás como mote central a história de uma mulher, mãe de quatro filhos, que descobre ter câncer e precisa se submeter a sessões de quimioterapia. Uma mulher especial, de reflexões pragmáticas em relação a vida que agora, pela doença, percebe o mundo através de novas sensibilidades. Sente medo, raiva e saudade ao sabor de delírios. Sente que as coisas que possui podem ser apossadas de uma nova forma: ela é rica para poder alugar uma limousine, mas anseia pilotar uma que leve outros para passear; ela está a beira da morte, mas a quimioterapia - aparentemente inútil - lhe tiraria o estilo da passagem.
Há em "Chimo-Limo" tantas metáforas, pistas, des-pistas, sarcasmos e imagens que ao total da narrativa psicológica da letra, faz surgir sobre ela diversos palpites sobre quais seriam os fatos reais sobre a vida daquela mulher. Tudo piorado pela dicção dúbia de certas frases já que ela se utiliza de cacófatos para dar versões diferentes da história. Também, por vezes, o que está sendo cantado não é o que consta no CD-book. A intriga é embalada por um arranjo que une um monotom lento ao experimentalismo improvável numa interpretação passional de Regina Spektor que nos deixa só em arrepios.
K, esses dois vídeos são para você... Cris, não sei se você conhece, mas acho que você vai gostar !
11:11 (2001)

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Songs (2002)

Soviet Kitsch(2004)

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Mary Ann Meets The Gravediggers And Other Short Stories (2006)


Begin to Hope (2006)

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