Quando você ouve Cibelle pela primeira vez em algum momento se pergunta: Não é a Bebel Gilberto? Fica meio intrigado até se dar conta de que realmente não é. Elas têm o timbre de voz parecido, já cantaram eletrobossa, moram fora do Brasil, foram produzidas pelo Suba, mas é só, elas não têm mais nada em comum. Em The Shine Of Dried Electric Leaves, Cibelle consegue escapar dos rótulos e comparações, e apresenta algo realmente novo numa bem elaborada fusão de estilos musicais.
Nascida em São Paulo e radicada há algum tempo em Londres, a cantora, compositora e instrumentista já está na estrada há algum tempo, e tem entre seus triunfos um disco solo anterior, a participação no épico São Paulo Confessions , do falecido produtor Suba, e de ter as músicas Só Sei Viver no Samba e Dia de Iemanjá incluídas, respectivamente, nas trilhas do filme O Jardineiro Fiel e da série A Sete Palmos (Six Feet Under). Ela também participou da gravação de Ela é Carioca , ao lado de Celso Fonseca, da novela América.
O segredo de Cibelle foi ter se cercado de um timaço de parceiros, como Apollo Nove, Arto Lindsay, Lanny Gordin e Mike Lindsay, entre outros. Para quem gosta de rótulos, classificaria The Shine Of Dried Electric Leaves como de MPB psicodélica, com direito a guitarras ardidas, climas etéreos, forte tempero de bossa nova e eletrônica aqui e ali. Tudo costurado pela belíssima e suave voz de Cibelle, com influências de Marisa Monte, Gal Costa, Sade e outras, mas esbanjando personalidade. Mesmo sendo um CD extremamente coeso e propício para ser ouvido de ponta a ponta, não resisto e cito a hipnótica Green Grass , a psicodélica e reflexiva Phoenix , o sacudido dueto com Seu Jorge em Arrête Lá Menina , a misteriosa e envolvente Mad Man Song e a releitura bossa nova de London London , de Caetano Veloso, em dueto com Arto Lindsay. Consegue imaginar ecos de Jefferson Airplane, Marisa Monte, Caetano Veloso, Tom Jobim, Sade e Beth Orton em um único trabalho sem soar um pastiche? Eis a façanha de Cibelle.
O segredo de Cibelle foi ter se cercado de um timaço de parceiros, como Apollo Nove, Arto Lindsay, Lanny Gordin e Mike Lindsay, entre outros. Para quem gosta de rótulos, classificaria The Shine Of Dried Electric Leaves como de MPB psicodélica, com direito a guitarras ardidas, climas etéreos, forte tempero de bossa nova e eletrônica aqui e ali. Tudo costurado pela belíssima e suave voz de Cibelle, com influências de Marisa Monte, Gal Costa, Sade e outras, mas esbanjando personalidade. Mesmo sendo um CD extremamente coeso e propício para ser ouvido de ponta a ponta, não resisto e cito a hipnótica Green Grass , a psicodélica e reflexiva Phoenix , o sacudido dueto com Seu Jorge em Arrête Lá Menina , a misteriosa e envolvente Mad Man Song e a releitura bossa nova de London London , de Caetano Veloso, em dueto com Arto Lindsay. Consegue imaginar ecos de Jefferson Airplane, Marisa Monte, Caetano Veloso, Tom Jobim, Sade e Beth Orton em um único trabalho sem soar um pastiche? Eis a façanha de Cibelle.
Cibelle (2003)
The Shine Of Dried Electric (2006)
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