terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix (2009)

Todo mundo fala de Phoenix. Todo mundo adora o Phoenix. E não é para menos. A banda francesa é uma das coisas mais legais na música de hoje e encanta com um som contagiante e fofo. Mas é bom grifar que é fofo e otimista só na melodia, pois as letras falam de solidão, amores sem volta e falta de esperança.

A combinação infalível de boas composições, produção cuidadosa e um ritmo incrível é o que faz o Phoenix uma das bandas mais desejáveis do momento. O baixista Laurent Brancowitz dá a receita: "Pegamos a sonoridade sexy e cool que ouvíamos nos álbuns americanos e adicionamos doses contemporâneas de hip hop e house". E daí surgiu o delicioso ritmo Phoenix, com uma batida que levanta qualquer astral. É indie-rock, pop, eletrônico, folk, black.

A banda existe desde 97 e em 2000 lançou o álbum "United", uma estréia descoladérrima, que encheu de frescor o cenário musical. O disco já nasceu cheio de hype: um amigo famoso, o diretor Roman Coppola, assina as fotos de divulgação; Sofia Coppola coloca a música "Too Young" na trilha de "Lost in Translation"; Erlend Oye seleciona "If I Ever Feel Better" (uma das mais incríveis) para sua compilação DJ Kicks.

"Alphabetical" tinha a missão de suprir a ansiedade do público louco por mais novidade. A banda se trancou no estúdio e decidiu fazer um trabalho "mais pessoal e mais completo", segundo o site oficial. O ritmo gostoso continua nas faixas "Everything is Everything" (lembra a atmosfera de "If I Ever..." e "Too Young") e em "The Diary of Alphabetical", com levada folk, tipo um country moderno, com vocal e violão.

O estilista Hedi Slimane assina a capa do single em vinil para "Everything is Everything", do segundo álbum, "Alphabetical", lançado este ano, que projeta definitivamente a banda no mundo.

"Nossas letras são honestas e as emoções verdadeiras. Tentamos nos livrar de qualquer coisa artificial e mostrar uma performance totalmente sincera. Ao mesmo tempo, o trabalho permanece sofisticado e acima de tudo, único e com caráter de celebração". Entendeu o espírito do Phoenix?

A banda é formada por Thomas Mars (vocal), Christian Mazzalai (guitarra), Laurent Brancowitz (baixo e teclado) e Deck d’Arcy (baixo). Os meninos são amigos de longa data e tocavam na garagem da casa de Thomas no subúrbio de Paris. No início, lançavam músicas por seu próprio selo, o Ghettoblaster, e logo chamaram a atenção do selo francês Source Records. No começo, abriram para Dido, Air e Lenny Krawitz e agora são a banda de abertura dos shows do descolado duo Kings of Convenience.


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Broken Social Scene - Love Tell Us Apart (2007)

Broken Social Scene gravou uma inusitada versão de “Love Tell Us Apart”, clássico maior do Joy Division, para a trilha sonora do filme The Time Traveler’s Wife. Clique aqui e ouça.

pegue para seu ipod aqui.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Manic Street Preachers - Postcards from a Young Man (2010)

Depois do contundente e espetacular Journal For Plague Lovers (2009), os galeses do Manic Street Preachers reaparecem com mais uma compilação de inéditas. Postcards From a Young Man, décimo álbum de sua respeitável carreira, trás menos peso nas guitarras, porém ainda conserva a aspereza lírica e a genialidade musical dos discos anteriores.

Aqui as guitarras cheias de distorção, o vocal esganiçado e o rock cru, nervoso, perdem espaço para arranjos orquestrais e baladas melodramáticas -- uma das especialidades de James Dean Bradfield. Este som recheado de cítaras, cordas, pianos e bandolins pode parecer pomposo demais para ouvidos mais rockeiros, mas não deve ser encarado como um retorno ao britpop. Parece mais uma busca da banda em atingir seu ponto de equilíbrio, reunindo os melhores elementos destes quase 20 anos de estrada.



Postcards From a Young Man tem o que se espera dos Manics: solos arrebatadores, as batidas frenéticas de Sean Moore e Bradfield gritando as frases mais absurdas -- mas tudo isso entremeado por arranjos elaborados e melodias mais suaves. Essa mistura de texturas permite que a banda trafegue tranqüilamente pelo britpop, hard rock e o art-punk sem medo de perder sua identidade musical. O resultado é um som único e por demais agradável.





quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

N*E*R*D - Fly or Die (2004)


Para quem não sabe, o N.E.R.D. é formado pela mesma dupla de produtores que trabalha sob o nome de The Neptunes. Atuando nesse ramo, já criaram ‘hits’ para gente como Justin Timberlake, Britney Spears, Snoop Dogg e Usher, só para citar alguns. Ou seja, eles têm grande parcela de responsabilidade em relação à cena Pop que domina o mundo todo atualmente.Mas, com tanto trabalho e pressão de criar sucessos para essas estrelas, eles sentem a necessidade de se divertir também. É essa a impressão que dá ao ouvirmos a própria banda dos rapazes, o N.E.R.D. Já em seu segundo álbum, Pharrel Williams e Chad Hugo se juntam a Rob “Shay” Walker e criam composições um tanto quanto despretensiosas, divertidas e bastante curiosas.“Fly Or Die”, como foi batizado o trabalho, traz uma mistura de Funk, R&B, Black Music, Rock e Hip Hop, tudo com muita influência dos anos 70. A grande sacada é que, ao contrário da esmagadora maioria dos artistas que compram suas músicas, eles usam instrumentos de verdade, inclusive a bateria, o que dá um ritmo bastante próprio nas composições.As vozes, como não poderia deixar de ser, são bastante caprichadas, com diversos ‘backing vocals’ e arranjos. Outro ponto interessante são os teclados, que sempre surgem com efeitos e timbres bem peculiares, criando um clima único. Destaques para “Don’r Worry About It”, “She Wants To Move”, o primeiro ‘single’, “Wonderful Place”, “The Way She Dances” e, claro, para a própria faixa-título.


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