domingo, 26 de setembro de 2010

Menomena - Mines (2010)

Menomena (pronuncia-se minoumei) é uma banda de rock experimental oriunda de Portland, Oregon, formada pelos multi-instrumentistas Justin Harris, Brent Knopf e Danny Seim. Os três participam dos vocais e frequentemente trocam de instrumentos durante as performances.
O álbum em questão é o 4º na tragetória dos caras, sucessor de Friend and Foe (Barsuk Records) -- que considero uma das melhores bolachas indie de 2007. 




Mines demonstra um refinamento sutil na música do Menomena, embora isso não signifique uma evolução de fato. Ele não chega a ser tão audacioso quanto Under an Hour (FILMguerrero, 2006) e suas três faixas de 17 minutos, nem tão instigante quanto o Friend and Foe, mas ostenta a mesma sonoridade densa, marcada por loops instrumentais, atuação competentíssima das guitarras, bateria e teclados, além do sax barítono de Justin Harris dando um toque especial às melodias sempre intrincadas, incomuns, irresistíveis.


Assim como os outros álbuns da banda, Mines foi produzido, gravado e mixado pelos músicos com o auxílio do Deeler (Digital Looping Recorder), um programa de computador desenvolvido por Knopf na linguagem Max. Seim explica como é o processo de composição com o Deeler: "Primeiro, nós definimos o tempo de marcação, que é tocado nos headphones. Então nos revesamos pela sala com um único microfone. Um de nós segura o microfone em frente a um instrumento, enquanto outro toca de improviso um riff curto dentro do tempo marcado. Normalmente, começamos pela bateria. Depois que os tambores estão em loop, pegamos o baixo, piano, guitarra, sinos, sax ou qualquer outra coisa na sala que possa fazer algum barulho. O Deeler nos permite manter o processo democrático".
Os grandes destaques do álbum são as faixas TAOS, BOTE, Tithe e Five Little Rooms, embora as demais músicas mantenham o nível lá no alto, de forma que não há um ponto baixo em Mines. Um belo disco C !





quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Shugo Tokumaru - L.S.T (2005)

Apelidado de "o Sufjan Stevens japonês", esse jovem prodígio de Tóquio faz um som experimental baseado no lo-fi, misturando violões e outros instrumentos mais exóticos em arranjos intrincados e profundos, como poemas sonoros. E apesar das comparações ao músico de Michigan, Shugo Tukomaru demonstra ir muito mais fundo em seu próprio mundo musical -- brincando com os sons de uma forma mais ousada e tendo idéias muito mais inventivas que o próprio Sufjan.

L.S.T. (Active Suspension, 2005) -- oficialmente o segundo disco do músico -- é uma viagem acústica através de um mundo formado por camadas e texturas de cordas, pianos, sinos, apitos e xilofones. Um álbum cheio de melodias sofisticadas e ritmos ora lineares, ora dinâmicos. Uma obra de muito bom gosto, altamente recomendada para apreciadores de música folk, lo-fi e experimental.




sábado, 18 de setembro de 2010

1973 - Bye Bey Cellphone (2010)


C, acho que você vai se amarrar nesta banda. 1973 é um trio de indie pop formado pelos franceses Nicolás Frank, Jerome Thibaut e Barbillon Plasseraud, companheiros de escola e de futebol que resolveram se reunir pra fazer música. Em 2007 eles gravaram alguns demos e depois um par de EPs, que culminaram com o lançamento do long-play Bye Bye Cellphone.

Unindo a melhor do folk e do indie pop moderno com influências claras dos anos 70, o trio parisiense mostra já em seu primeiro disco que tem muito, muito potencial. Debut tranquilo e sossegado, onde podemos encontrar bons temas, belas vozes, composições refinadas e um sem fim de boas sensações.

Bye Bye Cellphone não vai mudar a vida de ninguém, mas certamente pode proporcionar momentos muito agradáveis a quem lhe dedicar alguma atenção. Ótimo disco!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

The National - High Violet (2010)

C deixa me falar desta banda, The National é uma banda modelo, uma banda exemplar. Fugindo dos rótulos e demonstrando uma evolução musical constante ao longo dos anos, eles adiquiriram o status de rockeiros de 1ª classe. Parece exagero? Não é.
Formado por Matt Berninger (vocais), pelos irmãos Scott (baixo) e Bryan Devendorf (bateria), e pelos também irmãos Aaron (guitarra) e Bryce Dessner (guitarra), este quinteto oriundo do Brooklyn, NY, já conta com cinco ótimos álbuns em sua carreira: a começar pelo The National (2001), passando por Sad Songs for Dirty Lovers (2003), Alligator (2005), Boxer (2007), e terminando no excelente High Violet (2010). São obras que, embora não possuam um apelo comercial forte, proporcionaram à banda cada vez mais reconhecimento e admiração por parte da mídia especializada e das pessoas de bom gosto. E bom gosto é um termo bastante apropriado para descrever a música do The National. Rock feito com seriedade, simplicidade e muita classe. High Violet é a demonstração máxima de toda essa excelência musical; o disco reune algumas das canções mais bonitas de que se tem notícia -- sem exagero. Ouça Anyone's Ghost, Afraid of Everyone, Bloodbuzz Ohio e Vanderlyle Crybaby Geeks (que conta com ninguém menos que Justin Vermont do Bon Iver no backing vocal) e você vai saber do que estou falando.
Melodias que perpassam uma sensação de tranquilidade, sem levar à monotonia. Letras ricas, mais profundas e menos convencionais que os devaneios românticos ou as poesias fúteis de sempre. Um instrumental impecável -- com destaque para as baquetadas primorosas de Bryan Devendorf -- servindo de base para o barítono marcante de Matt Berninger. Enfim, música relaxante, consisa, intensa, inteligente. Isso é High Violet. Isso é The National. Espero que você goste.



E este do disco de 2007:



domingo, 5 de setembro de 2010

The Police - Outlandos d'Amour (1978)

The Police foi uma banda de rock formada pelo baixista e vocalista Sting, o guitarrista Andy Summers e o baterista Stewart Copeland. A banda tinha influências do reggae, punk e do jazz. Em 1978 foi lançado Outlandos d'Amour que começou uma escalada lenta ao Top 10 britânico ao Top 30 americano. Imediatamente depois de seu lançamento, o grupo começou uma excursão britânica, lançou o single "So Lonely".