domingo, 7 de fevereiro de 2010

Smashing Pumpkins - Pisces Iscariot (1994)

As pessoas quando ouvem falar em b-sides normalmente os associam com músicas que não eram boas o suficiente para entrar em um album. Muitas vezes esta teoria pode estar enganada, pelo fato que essas sobras de estúdio podem ser utilizadas para viagens e experimentações muito interessantes, já que não há a obrigação de tornar estas músicas atrativas pelo público em geral através de um album. É o que acontece no Pisces Iscariot, coletânea de b-sides da época do primeiro album (Gish) e o segundo (Siamese Dream) do Smashing Pumpkins.

A capa do cd, uma imagem que ninguém sabe ao certo o que seja, já mostra a despreocupação da banda em fazer algo atrativo. Dentro do encarte, Billy Corgan comenta faixa a faixa todo o trabalho. Pode-se observar, lendo todo o material, a paixão dele por essas músicas que foram anteriormente esquecidas e que ele agora teve oportunidade de lança-las, graças ao estouro de Siamese Dream.

Observando fundo a coletânea, percebe-se a incrível emoção que esconde cada uma destas faixas. A primeira, Soothe, é o pumpkins soturno, frágil e melancólico que marca uma das facetas da banda. Gravado no velho apartamento de Billy, só ele e um violão dando o tom. Frail and Bedazzled mostra outro lado, cheia de guitarras e ruídos. Plume é uma música bem interessante pois fala sobre tédio, e a parte instrumental mostra claramente este tédio. Whir é romântica, levezinha e com um clima bem diferente, que marca principalmente no fim da música. Blew Away é o guitarrista japa James Iha mandando ver numa das melhores faixas compostas por ele. Pissant mostra novamente o lado rockeiro da banda, com certeza uma das melhores faixas do disco a primeira audição. Hello Kitty Kat mostra o pumpkins sujo, distorcido e pesado. Obscured é outra faixa que revela climas diferentes e adoráveis. Landslide é uma cover do Fleetwood Mac, acústica, e grande destaque do album. Starla é a faixa mais longa do album, distorcida, cheio de variações climáticas, melodia leve no meio, surgimento quase épico, aumento de intensidade, distorções novamente, é indescritível. Blue é muito boa, começa rápida e depois há aquela viagem sempre presente. A Girl Named Sandoz é uma cover do The Animals, muito boa e destoante do clima do disco, com clima mais alegre. La Dolly Vita é outro destaque, melodia fácil e mais peso posteriormente. Spaced, a última, é algo bem esquisito e agonizante, aquelas faixas que dá medo de ouvir. (haha)

O disco acaba, mas o Smashing Pumpkins dá a lição que se depender deles muita música boa virá, em quantidade e em qualidade, como mostram depois com seus albums sucessores deste.





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